A Leo Burnett Tailor Made apresenta nesta sexta-feira (22) o resultado de uma pesquisa sobre como as pessoas estão sendo afetadas emocionalmente pela pandemia e pelo isolamento social.
O estudo foi encomendado junto ao instituto MindMiners, que abrange todo o Brasil e mil respondentes.
A pesquisa envolveu mil respondentes, das regiões Sudeste (48%), Sul (15%), Nordeste (23%), Centro-Oeste (8%) e Norte (6%). Foram ouvidos mulheres (51,6%) e homens (48,4%), a partir de 18 anos, das classes A (15%), B (40%), C (40,5%) e DE (4,5%). O objetivo é entender os impactos desta crise nos sentimentos, hábitos e comportamentos das pessoas.
De acordo com o estudo, os impactos emocionais gerados por este período sem precedente e de incertezas são evidentes e abraçam a maioria dos entrevistados.
O levantamento aponta que 55% estão dormindo bem mais para manter a calma); 50% estão tendo menos contato com as pessoas que amam, mesmo com os recursos das redes sociais; no entanto, 60% afirmaram ter aumentado suas atividades nas redes sociais.
As respostas também indicam que 60% estão buscando na comida uma forma de ter calma e relaxamento; 39% das respondentes mulheres declaram conseguir encontrar um tempo para se cuidar; 75% das pessoas ressaltaram a importância da religião no momento e 27% declararam estar rezando mais.
Além disso, o relatório mostra que 58% estão se sentindo mais sobrecarregados, pois não conseguem relaxar; 80% acreditam que a pandemia mudará para sempre o mundo em que vivemos.
Em relação especificamente às mulheres, a pesquisa revela que elas têm sido mais exigidas e convocadas, sofrendo um impacto maior: 65% das mulheres se sentem mais sobrecarregadas, contra 51% dos homens respondentes; 77% das mulheres revelam estar ainda mais dedicadas às tarefas domésticas; e 55% do público feminino está cozinhando mais.
Música e cores
Enquanto em 2019 o algoritmo do Spotify mostrava que o score para classificar músicas de acordo com o quão positivas elas são foi de 66 (entre 0 e 100), o índice caiu para 43.
O top 10 de músicas mais citadas como uma música que remete à pandemia tem “O Dia em que a Terra Parou”, de Raul Seixas, “Trem-bala”, de Ana Vilela, e “Dias Melhores”, do Jota Quest.
Entre os gêneros musicais, o gospel foi o escolhido como o que melhor representa este momento (29%). E com a falta de perspectiva de futuro, 43% lembraram hits que marcaram a década de 2010.
Quando questionados sobre qual cor escolheriam para comparar o momento, 24% da população enxerga no cinza a melhor resposta para mostrar sentimentos como resignação e incerteza. Em segundo lugar empatados com 14% estão o preto (tristeza, seriedade) e o verde (positivismo e esperança).
Para cada 10 entrevistados, ao menos sete definem a situação com adjetivos negativos. O emoji mais relacionado ao momento é o da angústia/tensão (30%), seguido pelo da reflexão (21%). Os principais medos são contaminar-se (55,10%), muita gente morrer (52,40%), a economia não se estabilizar (52,30%) e situação não voltar ao normal (45,90%).