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A livraria independente Leonardo da Vinci resolveu dar uma cutucada no ministro da educação, Abraham Weintraub. A empresa enviou ao político um livro de Franz Kafka com um corte de 25% da obra.

“Conhecendo seu apreço pela educação, em especial pela leitura de Franz Kafka, tomamos a liberdade de enviar para vossa excelência um exemplar de uma nova edição do grande clássico do escritor tcheco de expressão alemã, A metamorfose. Antecipadamente, pedimos desculpas pelo corte de 25% no livro, mas a situação das livrarias brasileiras está difícil. Temos certeza que isso não impedirá sua leitura atenta e apaixonada”, diz a livraria em post publicado no Facebook.

Weintraub cometeu uma gafe no início do mês e chamou o escritor tcheco de língua alemã de “Kafta”. Esta semana, o ministro também foi alvo de protestos contra o chamado “contingenciamento de verbas na educação”.

“Somos a favor da educação pública, universal, de qualidade. Temos uma tradição, sobretudo em ciências humanas, e essas medidas prejudicam a sociedade e nossos clientes, que são universitários, professores, pesquisadores”, disse Daniel Louzada, dono da livraria, ao jornal O Globo.