Os grandes festivais musicais, como o Lollapalooza, se transformaram em um parquinho de diversão para o público fã de rock, metal, soul e outros ritmos. Marcas, produtos e serviços também aproveitam o cenário e pegam carona básica para interagir com millenials, geração Z e outros perfis sociodemográficos que sucumbem ao balanço das horas. O aproveitamento mercadológico ganhou relevância porque o equilíbrio financeiro não depende mais, como nos tempos dos psicodélicos Woodstock, por exemplo, dos recursos de bilheteria que no ano passado contabilizaram 136 mil ingressos vendidos com valor de R$ 580 para o full pass.

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Agendado para os dias 12 e 13 de março, o Lollapalooza já tem um elenco de patrocinadores interessados em produzir experiências em tempo real para envolver a população de mais de 150 mil pessoas que lotarão o Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Skol, Axe, Chevrolet, Sempre Livre e Trident são os cotistas masters que garantiram lugar no evento organizado há três anos pela T4F (Time For Fun), que chega em 2016 à sua quinta edição. Entre as atrações está a banda Eagles of Death Metal, que se apresentava na casa de espetáculos Bataclan no dia dos atentados terroristas na França. A audiência também será contemplada com o suingue do Alabama Shakes.

“Todas as marcas presentes em 2015 renovaram compromisso. A C&A e o energético Fusion já confirmaram presença entre os apoiadores. A Ray-Ban é uma das que confirmaram presença entre as que vão fazer ativação. Mas nosso objetivo com o festival não é transformá-lo em um supermercado de marcas. Realizamos uma pesquisa com 1.800 pessoas durante o Lolla 2015, coordenada pela Demanda, e a maioria absoluta disse que não vê a ação das marcas como intrusiva e invasiva”, explicou Geraldo Rocha Azevedo, diretor e acionista da T4F, que negociou a transmissão com o canal fechado Multishow e com a Rede Globo entre os abertos. “A minutagem na grade da Globo ganhou muita relevância porque o festival é único”, acrescentou.

A executiva Larissa Jorge, gerente de marketing da linha Axe, da Unilever, explica que a marca terá um palco exclusivo e vai realizar uma série de ativações. “A Axe sempre foi inovadora, busca ser pioneira em suas ações e trazer novidades para o seu público. As ativações para o Lolla ainda estão em fase de definição. O que podemos afirmar é que Axe vê no Lolla uma excelente plataforma para se conectar com o público com que hoje conversa e sempre procura desenvolver ações que estejam casadas com o objetivo da marca e a proposta do festival como um todo”.

A T4F, como explica Azevedo, conseguiu uma captação robusta com a venda de ingressos superior em relação ao mesmo período de 2015. “Como é uma empresa de capital aberto, os números não podem ser divulgados antes do balanço. Mas, mesmo com um momento econômico imprevisível, as metas estão sendo cumpridas”, disse o executivo. A T4F atua em cinco frentes: automobilismo (Stock Car); entretenimento familiar (musicais da Broadway como Mudança de Hábito); administração de casas de espetáculos (como Citibank Hall e Teatro Renault, por exemplo); live music (Lollapalooza e o festival de música eletrônica EDC) e com a Tickets For Fun.