Presente em 130 países e com mais de 60 mil funcionários, o Grupo L’Oréal completa, em 2009, 100 anos de fundação e 50 de atividade no Brasil. Hoje, mantém 290 subsidiárias e 42 fábricas ao redor do mundo. Em 2008, registrou faturamento de € 17.542 bilhões. Deste total, mais de € 5 bilhões, o equivalente a cerca de 30%, foram destinados para ações de publicidade e promoção ao longo do ano passado.
A L’Oréal também aposta em pesquisa e investe 3,4% das vendas neste setor. Os laboratórios da empresa registram mais de 500 patentes e desenvolvem quatro mil fórmulas a cada ano. Em 2008, o grupo registrou crescimento de 2,8% nas vendas em relação a 2007, aumentando a sua participação mundial, saindo de 15,2% para 15,8%.
A L’Oréal foi responsável, entre outras inovações, pelo lançamento do primeiro bronzeador solar do mundo, nos anos de 1930. O Ambre Solaire foi o estreante no mercado de cremes para cuidado com a pele. O primeiro xampu colorante do mercado também foi criado pela empresa na década de 50. Em 1963, a L’Oréal abriu seu capital, ingressando na Bolsa de Valores de Paris. Em 1974, um marco na sua trajetória: assinou um acordo com a Nestlé, que hoje detém 28,9% de suas ações. Com isso, ela pôde ampliar a sua entrada em outros mercados, como o japonês, que serviu de ponte de expansão da empresa na Ásia.
Nas décadas de 80 e 90 fez várias aquisições e adicionou ao seu portfólio marcas de sucesso como Helena Rubinstein, La Roche Posay, Armani, Redken, Yves Saint Laurent, entre outras. Entre as que também fazem parte do catálogo da L’Oréal estão Maybelline, The Body Shop, Ermenegildo Zegna, Oscar de la Renta e Stella McCartney.
Estrelas
Um time de beldades estrela a publicidade do Grupo L’Oréal. Penélope Cruz, Juliette Binoche, Scarlett Johansson, Alinne Moraes, Grazielle Massafera e Ivete Sangalo estão entre as celebridades que protagonizam ações das marcas da L’Oréal. O grupo tem em seu DNA a publicidade: seu criador, o químico Eugène Schueller, tinha em mente que a publicidade poderia potencializar realmente a venda de seus produtos e inventava estratégias publicitárias para promovê-los.
Ele acreditava que existiam dois tipos de publicidade: a publicité d’attaque (publicidade de ataque), feita para despertar a curiosidade, e a publicité de rendement (publicidade de rendimento), feita para criar a obsessão e maximizar as vendas.
Uma das suas primeiras iniciativas na área de marketing foi em 1931, quando ele cobriu com uma lona a fachada de um prédio parisiense para falar de uma nova loção capilar. Segundo a assessoria de imprensa do grupo, no ano seguinte a L’Oréal seria a primeira marca a veicular um comercial cantado em vez de falado, criando assim o “jingle” publicitário.
A L’Oréal começou a entrar no mercado brasileiro em 1939 com produtos para coloração dos cabelos. Mas a primeira fábrica no País só seria inaugurada em 1960, com 16 funcionários. Hoje a companhia emprega no Brasil mais de 2 mil pessoas, divididas entre a sede no Rio de Janeiro – Central de Distribuição – a filial em São Paulo e as duas fábricas localizadas no Rio e em São Paulo – as maiores da América Latina.
O Brasil é plataforma de exportação para o grupo L’Oréal e daqui saem produtos para países da América Latina, Europa, Canadá e Índia, entre outros. Em 2008, a empresa criou o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a América Latina, no Rio de Janeiro. Além deste, são apenas outros quatro no mundo.
por Teresa Levin