Feito pela Kantar Insights, o estudo ‘O que as Mulheres Querem’ revelou que a aceitação é o principal ensinamento que as mães gostariam de passar às filhas, atualmente, com 20%.

No mesmo levantamento feito em 2019, a aceitação era prioridade apenas para 9% das entrevistadas. Neste ano, o índice cresceu especialmente entre o público feminino da faixa entre 18 e 29 anos. Para 15% das entrevistadas, espalhar a certeza de que cada mulher deve acreditar em sua própria capacidade e valor e deve confiar em si mesma é fundamental para uma vida mais “leve”.

No entanto, quando o mundo chega à marca de um ano vivendo sob a pandemia, é a autoestima que tem sofrido, especialmente entre as mães. Nesse grupo, a quantidade de mulheres que se declarou com uma autoestima acima da média diminuiu significativamente, de 35% em 2019 para 21% em 2021.

Aceitação cresceu mais de 10% entre as mulheres no estudo de 2019 (Unsplash)

“Estresse por sobrecarga decorrentes do acúmulo de tarefas domésticas, preocupação com a família e com o trabalho decorrentes desse momento de pandemia. Isso se soma a um maior convívio entre os casais onde a desigualdade do papel do homem e a tripla jornada feminina ficam mais evidentes. Esses aspectos levam a uma exaustão física e mental que impacta na crença sobre a sua capacidade e na percepção sobre o seu valor”, afirma Luciana Piedemonte, diretora de Contas da E-commerce.

Outros ensinamentos que aparecem no topo do ranking que tem norteado o relacionamento entre mães e filhas brasileiras no dia a dia são também não ligar para os outros dizem em relação às suas decisões de vida (13%) e priorizar o amor próprio e respeito a si e ao outro (15%).

A pesquisa “O que as Mulheres Querem” ouviu 800 pessoas em 2019 e 2021 e, na atual edição, outros dois temas também cresceram na percepção do público, que é a divisão de conhecimento e empatia. As mudanças que a pandemia trouxe para dentro dos lares têm impacto nesta escolha.

No último ano, quando mulheres viveram em maior número a perda do emprego e da renda, o aumento da carga horária com cuidados extras com a casa e os filhos e alarmante crescimento dos índices de violência doméstica, olhar para o lado e compartilhar experiências e conhecimento tem sido uma saída.

Para 18% é importante partilhar com as filhas e a comunidade ensinamentos que vão além do currículo escolar e histórico profissional.