Quase 220 mil livros, 100 Tablets, 100 computadores, além de centenas de dispositivos Kindle para escolas, bibliotecas municipais e instituições de cultura e educação em São Paulo. Esse foi o saldo da troca de provocações entre o prefeito da capital paulista, João Doria, e a Amazon.
Depois do lançamento da primeira campanha do Kindle no Brasil, na segunda (27), em que a Amazon faz referências à cidade cinza e a política de apagar grafites na capital, Doria foi às redes sociais criticar a “postura oportunista” da marca. Sugeriu que a multinacional demonstre amor fazendo doações para instituições públicas, além de patrocinar um dos Museus de Arte de Rua locais. “Existem várias formas da Amazon ter uma postura cidadã autêntica e não oportunista”, disse em seu Facebook, concluindo com a #ameSP.
Apesar de o recado ter sido endereçado à Amazon, outras marcas de tecnologia começaram a fazer parte da conversa, atendendo ao pedido do prefeito. A rede varejista de eletrônicos Kabum! foi a primeira a anunciar as doações à cidade, mas as expectativas estavam quanto à resposta da Amazon, que devolveu a bola utilizando a #amamosSP.
Por meio de suas redes sociais, a multinacional publicou um novo vídeo anunciando a doação de centenas de Kindles para instituições que promovem cultura e educação. Disponibilizou também gratuitamente o download de livros digitais que podem ser lidos no computador, tablet ou smartphone.
Nesta quarta-feira, no final da tarde, Doria voltou ao Facebook com vídeo contabilizando todas as doações recebidas. O prefeito aproveitou para novamente chamar de “oportunista” a campanha da Amazon.
“Depois de toda polêmica em torno da campanha oportunista da Amazon, diversas empresas cidadãs se solidarizaram e resolveram, de forma espontânea, fazer doações expressivas para nossas escolas e bibliotecas municipais. Até o momento, foram doados 219.350 livros, 100 Tablets e 100 computadores. Uma corrente do bem pela educação das nossas crianças”.