O nome da agência, Maria, tem um por quê. “Maria é um nome bem brasileiro, é um nome bem popular, bem querido”, disse Juan Maresca, CEO da MariaSãoPaulo, que está no mercado há menos de um ano. 

A proposta da empresa é bem simples e clara: “Queremos ter cinco clientes e que eles sejam felizes, queremos fazer uma comunicação que tenha muito sentido para o consumidor”, afirmou Maresca. 

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MariaSãoPaulo tem hoje um cliente: a Companhia Müller de Bebidas, dona da Cachaça 51. “Mas há duas semanas eu olhei para o meu time e vi que estamos preparados para termos um segundo cliente”, garantiu.

A ideia, no entanto, é dar um passo de cada vez. “Depois vamos criar um time para atender mais um cliente e assim por diante, vamos dar um passo de cada vez”, destacou.

Um outro objetivo da MariaSãoPaulo é conquistar outro tipo de grandeza. “Nós queremos ser grande por nossa gente. A intenção é ser uma agência boa, não estou nem aí com o faturamento, também não estou nem aí com os dez que mais ganham prêmios. Estou preocupado com o cliente, que ele seja feliz e com o consumidor.”

Juan Maresca, argentino de Buenos Aires, é um profissional que acredita muito no Brasil. Isso, talvez, reforce o que ele mesmo disse sobre o nome da agência. “Eu aprendi a amar este país, que é genial, de pessoas geniais.” E esse pensamento foi impresso na campanha desenvolvida para a Cachaça 51. A estratégia da ação, lançada em abril, não foi abandonar o tradicional e de fácil reconhecimento slogan “Uma boa ideia”, mas sim ampliar o seu significado.

A campanha levou à mídia alguns retratos do Brasil e questionou o público sobre o que seria uma boa ideia. De acordo com Maresca, à época, o mix da campanha previu um investimento de 24% em ações digitais. Até então, esse mesmo investimento na área era de 2%.

Com isso, a ideia foi ampliar o público-alvo da bebida, a partir de mensagens direcionadas também aos mais jovens. Foram necessários seis meses de pesquisas em diversos Estados brasileiros, estudando hábitos de consumo da população e ainda aspectos culturais.

“A campanha de 51 foi um manifesto que reivindica o Brasil e não a cachaça apenas”, explicou. Maresca disse ainda que a grande preocupação foi falar bem do país. “Estou a favor do popular, eu vejo muita beleza no popular”, disse.

Larissa Andrade, gerente de mídia e de novos negócios da MariaSãoPaulo, reforçou a ideia da agência em valorizar o Brasil ao falar sobre a campanha de 51. De acordo com ela, o pensamento para a ação partiu do macro. “A gente pensou em todas as estratégias, desde o trade até o momento de execução das mesmas”, disse. “Nosso desafio é diário, de trazer uma comunicação integrada”, completou.

A ação foi muito além dos vídeos, conta Larissa. “Nós patrocinamos a exibição do Lollapalooza Brasil no canal Multishow”, lembrou. Isso mostra, porém, a relevância do conteúdo. “A gente entende que o conteúdo tem um poder enorme de construir marcas”, disse.

Já para Luciana Elaiuy, diretora de criação da agência, a campanha feita para a Companhia Müller de Bebidas veio em uma hora em que o Brasil estava sendo questionado por boa parte dos brasileiros. “A boa ideia é gostar do Brasil, principalmente no momento em que todo mundo falou que ia embora para Miami.”

Mas as ações para a marca não vão parar por aí. “Teremos mais novidades ainda neste ano e que vão mostrar às pessoas outros exemplos de boa ideia”, destacou.