Natureza pede mudança, incentivada pelo programa Mover e IPI Verde
As montadoras devem investir cerca de R$ 117 bilhões no Brasil nos próximos anos, valor tão inusitado quanto o momento vivido atualmente pela indústria automobilística. Vários saltos tecnológicos foram observados desde que o engenheiro alemão Karl Benz patenteou o primeiro veículo movido a combustão, em 1886, formato popularizado depois por Henry Ford.
Do petróleo para eletricidade, hoje a transição energética impõe uma transformação sem precedentes. O motivo está na degradação do meio ambiente.Em mais de cem anos, o gás carbônico (CO2) liberado na atmosfera por meio da queima de combustíveis fósseis, seja por carros ou indústrias, desequilibrou a temperatura do planeta, ocasionando climas extremos, e mortes.
Em 2015, 195 países assinaram o Acordo de Paris, que limitou o aumento médio da temperatura da Terra para 1,5°C, ou abaixo de 2°C, meta reafirmada na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2023.
A indústria automobilística contribui com os carros eletrificados. Para além dos avisos da natureza, há incentivos fiscais. Antes zeradas, as novas alíquotas do imposto de importação de veículos elétricos e híbridos foram anunciadas em novembro de 2023. O cronograma começou em janeiro deste ano com um percentual de 10%.
O mercado não gostou, mas arrefeceu queixas após o anúncio do Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover). “O Brasil está atrasado. Países que estão fazendo a transição para os carros elétricos já investem em infraestrutura e produção há mais tempo”, situa Carlos Murilo Moreno, professor de marketing da ESPM e especialista em automotive business.
Leia a matéria na íntegra na edição do propmark de 15 de abril de 2024