O Ibope enfrenta problemas para desenvolver um modelo adequado para medição de audiência de TV nos dispositivos móveis, afirmou Dora Câmara, diretora comercial do Ibope Media Brasil. A dificuldade para mensurar ações em celulares é uma constante na indústria de comunicação, principalmente pela significativo número de tecnologias e da velocidade com que esse segmento se atualiza.

A diretora tem uma visão otimista, porém. Nos pior dos cenários, disse, o Ibope adotará o sistema de “cadernos” para atender às demandas projetadas. Para ela, no entanto, ainda “não há mercado” que justifique à empresa colocar em ação um sistema para a plataforma. “Não chegou a hora. Qual a penetração de telefonia móvel com TV no país?”, questionou – não há dado tratando dessa realidade no mercado.

Ela projetou que a aferição da audiência móvel acontecerá aos moldes do que ocorreu em TV paga. Ou seja, quando surgiu a demanda, o Ibope colocou o serviço em operação.

Novos mercados

Durante o encontro, a executiva informou ainda sobre a entrada da operação do Ibope em Manaus, em julho. Em abril, a empresa passará o oferecer o serviço de audiência em tempo real em Salvador. A capital baiana entrou em janeiro na aferição de TV por assinatura, que já conta com nove mercados em análise.