A relação da publicidade com a obesidade infantil é tema do encontro Jornada – Propaganda de Alimentos e Obesidade na Infância e Adolescência, que acontece  nesta sexta-feira (19), na Universidade Federal de São Paulo.  Especialistas em nutrição, médicos, publicitários e o Conar (Conselho de Auto-regulamentação Publicitária) se reúnem para discutir como o Brasil poderá criar normas éticas ou leis específicas para que a propaganda em programas de TV e publicações voltadas ao público infantil deixe de estimular o consumo de produtos ”pouco saudáveis”. O debate é pertinente pois o número de crianças obesas no Brasil é crescente e foi tema do Globo Repórter, apresentado no último dia 12. Na matéria, médicos atestam que os recém-nascidos correm 8% de risco de se tornarem adultos obesos. Quando o pai ou a mãe são obesos, o risco salta para 40%. E quando o pai e a mãe romperam relações com a balança, a ameaça vira quase sentença: 80% dos casos chegam à obesidade na vida adulta. No Rio de Janeiro, a governadora Rosinha Garotinho determinou que as escolas da rede estadual não vendessem alimentos gordurosos. Outras escolas, particulares ou não, aderiram à moda. Nos Estados Unidos, duas gigantes dos refrigerantes, Coca-Cola e Pepsi, anunciaram na quarta-feira (17), que deixarão de vender refrigerantes para lanchonetes das escolas de ensino fundamental. A medida responde a setores da sociedade preocupados com o avanço da obesidade entre jovens e representa uma importante concessão de alguns dos maiores anunciantes de produtos alimentícios em todo o mundo. O evento é promovido pela Unifesp e Editora Referência.