Vivemos hoje um cenário degradante, em que precisamos enxergar a melhor forma de mudar nossa percepção da vida e transformá-la buscando o bem-estar comum de toda uma sociedade ávida por dias melhores. Estamos ainda no meio de uma pandemia provocada pelo coronavírus, que continua ceifando muitas vidas em nosso país, sem hora para acabar. Momento este em que nos faz refletir sobre vários aspectos nos quais precisamos buscar soluções imediatas para seguirmos em frente.
No mundo corporativo não é diferente, e buscar subsídios para a recuperação da economia e da empregabilidade é uma necessidade emergencial.
Para uma reflexão mais profunda, fui buscar referências no excelente fundamento das cinco forças de Michael Porter (professor de estratégia e competitividade da Harvard Business School), uma ferramenta criada nos anos 1970, mas que cabe implementar em nossa realidade atual e nos ensina a avaliar o ambiente externo de cada organização, focando na rivalidade entre os concorrentes; no poder de negociação dos fornecedores; na ameaça de produtos substitutos; na ameaça de entrada de novos concorrentes e, por fim, no poder de negociação dos clientes. Todas essas práticas são essenciais para a implementação de soluções inteligentes e inovadoras em nosso mercado de atuação.
O segmento publicitário no Brasil, segundo o Cenp-Meios, conforme relatório publicado no Painel 2021 (cenp.com.br), de junho de 2021, já apresenta uma boa performance, demonstrando investimentos em mídia realizados por 197 agências de publicidade. Esses investimentos divulgados nos dão um alento na retomada do crescimento e no retorno dos grandes players aos seus investimentos regulares em mídia, em nível nacional.
O Mercado Publicitário Amazonense
Impossível falar do mercado amazonense sem citar o pioneirismo de três agências que construíram a nossa história há mais de 40 anos: a Oana Publicidade, fundada por Edimar Costa; a Saga Publicidade, fundada por Alberto Castelo Branco; e a Tape Publicidade, fundada por Geraldo Ribeiro. Um trio com muitas histórias para contar e contextualizar acerca das dificuldades e conquistas de um tempo em que nada se produzia por aqui, onde os spots e VTs eram produzidos em São Paulo, buscando se ter o mínimo de qualidade em suas veiculações.
Passada essa época de desbravar caminhos, o segmento foi crescendo gradativamente com o surgimento de novas agências a partir da abertura de cursos de publicidade nas diversas universidades do estado. Hoje, o mercado está em crescimento contínuo, com agências e profissionais com experiência na técnica e na arte da propaganda, como nos grandes centros.
O tamanho do segmento também mudou, temos em média mais de 40 agências ativas mensalmente, sendo mais de 100 cadastradas nos veículos de comunicação em Manaus. As produtoras também têm se esmerado em suas finalizações para as diversas plataformas e essa integração traz para o mercado amazonense uma capilaridade que anteriormente não existia. Dessa forma, alimenta a manutenção da cadeia produtiva, buscando um conteúdo narrativo específico para cada tipo de público, sempre focado na transformação digital tão necessária nas ações de toda organização.
E para finalizar, vale ressaltar a inquietação das agências em buscar, mesmo com um volume de investimento mediano, transformar as pequenas verbas em sucesso e crescimento dos seus clientes, aliando ideias criativas e a forma inovadora de se conectar com os diversos meios disponíveis para publicizar seus feitos.
Eulália Xavier Ribeiro é delegada da Fenapro/AM e CEO da VR Comunicação e Marketing