Especialistas refletem sobre evoluções que impulsionaram novo movimento e posicionamento das agências de relações públicas

Nos últimos 10 anos, o mercado testemunhou uma revolução na comunicação corporativa que transcendeu as barreiras tradicionais, impulsionada pelas transformações digitais e pela evolução dos negócios. Hamilton dos Santos, diretor-executivo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), destaca que essa mudança foi marcada por uma transição para operações e designs baseados na cultura digital, moldando não apenas a forma como nos comunicamos, mas também como os negócios são conduzidos.

Para Santos, tradicionalmente, a comunicação corporativa evoluiu conforme os negócios progrediram, mas na última década isso mudou. Agora, a comunicação corporativa também influencia e dita a mudança nos negócios, especialmente no que diz respeito à organização do trabalho e às relações humanas dentro das empresas.

O executivo afirma que a comunicação corporativa deixou de ser uma mera transmissora de informações para se tornar protagonista essencial, influenciando não apenas a narrativa, mas também as operações internas das empresas. Não mais restrita a murais e jornais internos, a comunicação interna evoluiu para engajamento e construção de marca, refletindo a crescente importância da comunicação nos processos de transformação e adaptação das empresas.
Pensando nessas transformações do setor, o propmark ouviu profissionais que lidam com os novos desafios da comunicação corporativa todos os dias - com o objetivo de gerar novos insights e, principalmente, reflexões rumo a um futuro ainda mais promissor para as agências de relações públicas.

Papel fundamental
Hamilton dos Santos completa explicando que a comunicação corporativa deixou de ser apenas um suporte e se tornou uma área central, capaz de influenciar decisões dentro da organização. “Os profissionais de comunicação agora estão altamente qualificados e frequentemente envolvidos nas tomadas de decisão, o que faz com que a comunicação corporativa assuma um papel de destaque na agenda dos negócios”.

Hamilton dos Santos, diretor-executivo da Aberje (Divulgação)

Para Daniel Bruin, presidente da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), o aumento da importância da gestão de reputação, turbinada pela ascensão das redes sociais, o fortalecimento da agenda de ESG e, mais recentemente, com o impacto da inteligência artificial, tornaram a comunicação uma peça fundamental na estratégia de negócio das empresas.
“Somos um mercado formado por quase mil agências em todo o país, que empregam 17 mil pessoas e geraram um faturamento de cerca de R$ 5 bilhões em 2023. Definitivamente, deixamos de ser o ‘patinho feio’ da comunicação e hoje somos tão ou mais importantes que outras disciplinas”, explica.

Leia a matéria completa na edição do propmark de 19 de fevereiro de 2024