Já virou clichê dizer que 2016 foi um ano difícil. A crise tanto política quanto econômica assolou o país e não foi fácil encontrar o caminho para transformá-la em oportunidade.
Para tentar uma definição um pouco mais precisa, o PROPMARK online ouviu profissionais do mercado para saber como eles definiriam este ano em uma palavra. Nem todos conseguiram ser tão sucintos e explicaram em algumas frases suas opiniões. Em comum, muitos apontaram a crise como um incentivo à criatividade.
O sócio-diretor de gestão e negócios da produtora digital the goodfellas, Vinicius Debian, definiu o ano como “desafiador”. “2016 foi um ano no qual todos nós exercitamos diferentes sensações: medo, esperança, aflição, insegurança etc. Entretanto, terminamos o ano com um único sentimento e com uma única sensação: de esperança e de dever cumprido, respectivamente. Tivemos a oportunidade de nos reorganizarmos e de nos preparamos melhor para o que, talvez, possa ser o melhor ano de nossas vidas – um ano que sem dúvida será difícil nos aspectos financeiros, mas que será surpreendente na forma de gerar, produzir e replicar negócios”, explicou o executivo.
A palavra “desafiador” também foi escolhida por Mitikazu Lisboa, CEO da Hive, e por Egisto Betti, sócio e produtor executivo da Paranoid.
Antonio Fadiga, CEO da Artplan em São Paulo, foi na mesma linha e citou “transformação” como definição para 2016. “No nosso negócio, revisitamos modelo, estratégias e processos para explorar novas formas de contribuição aos negócios de nossos clientes, viabilizando novas soluções para os velhos problemas, sempre baseados naquilo que temos de melhor: ideias. O que mobiliza o mercado não são campanhas, não é mídia programática, não é conteúdo, mas, sim, ideias. Todo o restante vem depois, é uma simples viabilização de ideias”, contou.
O diretor-geral da WMcCann Rio, Marcio Borges, também preferiu ser um pouco mais extenso para resumir o ano. A palavra escolhida por ele foi “resiliência”. “2016 foi um ano difícil do ponto de vista econômico, mas, por outro lado, foi um ano em que tivemos de ser muito mais criativos. Essa criatividade, que deve ser o objetivo final de qualquer agência, aflora em momentos em que obrigatoriamente temos de sair do lugar comum, da zona de conforto. Abrir novas portas sempre geram oportunidades e semeiam o futuro”, contou.
Mario Narita, CEO da Narita Design&Strategy, usou duas definições para o ano: “superação e reinvenção”. O executivo mostrou estar otimista. “Atingimos todos os gols planejados e estamos prontos para 2017”, completou.
Outra que citou a “superação” como palavra do ano foi Lizandra Freitas, general manager da Clear Channel. “Eu me lembro sempre da paralimpíada. Foi o evento que mostrou a todos nós que não existe adversidade que não possa ser superada quando existe esperança e vontade”, afirmou.
O presidente da VML, Fernando Taralli, definiu o ano como “consolidação”. O sócio e CCO da agência da Bullet, Mentor Muniz Neto, disse que “surpreendente” pode resumir 2016. Paulo Leal, diretor geral da Zoomin.TV, foi mais otimista e falou que o período foi “fantástico”.
Alguns executivos, no entanto, não viram lado positivo neste ano que, para muitos, já vai tarde. Mario D´Andrea, presidente e CCO da Dentsu, falou que 2016 foi “ruim. (Mas podia ser bem pior)”. Para Marcello Penna, VP de Atendimento da Y&R, a palavra que define o ano é “tempestade”. O sócio e presidente da MOODTBWA, Augusto Cruz Neto, falou que o ano foi “caótico”.