A O2 Filmes foi eleita a Melhor Produtora deste ano na consulta promovida pelo PROPMARK, realizada no mês de novembro. Rejane Bicca, diretora-geral da O2, afirma que recebeu a notícia com muito orgulho, assim como todo time, pois 2020 foi um ano de muito trabalho e de grandes desafios.
Para ela, esse reconhecimento tem um sabor especial. “Tem gosto de presente, devido ao ano que passamos. Tudo ocorreu muito rápido e trabalhamos muito”, argumenta.
Rejane reforça ainda que a luta de 2020 foi muito importante, pois o mesmo mercado que a elegeu como melhor produtora do ano é a responsável pela sobrevivência da empresa. “Graças a vocês não falimos”, disparou ela.
Ela destaca ainda que viveram um período de muita colaboração mútua. “O pouco trabalho que se tinha dividíamos”. Rejane declara que o Santander foi um grande parceiro e isso contribuiu muito para o sucesso da O2, principalmente com a campanha que trouxe Ana Paula Arosio de volta às telas (veja reportagem detalhada nesta edição), que protagonizou filme para o cartão SX da instituição. “Essa foi a primeira grande produção durante a pandemia”, lembra a executiva.
A principal arma da O2 para enfrentar a crise deste ano, segundo Rejane, foi não ficar com medo e não tomar atitudes precipitadas. “Não demitimos ninguém. Tínhamos alguns planos e conseguimos realizá-los, sem contar que preservamos o mercado. Não vandalizamos o setor, colocando os preços lá embaixo. Isso foi muito importante”.
Ao contrário da grande maioria das empresas brasileiras, Rejane afirma que não sentiu queda no faturamento. “Na verdade, trabalhamos muito mais. Fizemos muitos jobs. Só não vamos crescer. Só cresceremos em termos de trabalho”.
Ela toma para si o principal slogan do Santander nas campanhas deste ano para resumir o pensamento da O2 diante da crise: Podemos errar, podemos acertar, mas de braços cruzados não vamos ficar.
Nem só de Santander viveu a O2 este ano, apesar da importância da parceria. Também trabalhou para grandes anunciantes como Itaú Personnalitè, Nivea e Procter & Gamble. Tudo, segundo ela, obedecendo os protocolos de segurança, que os levaram a testar filmagens remotas.
“O modo de trabalhar mudou. Tínhamos uma câmera para filmar e outra para conversar. Tudo online”, conta Rejane, que revela ainda que a produtora teve acesso ao mercado externo, com trabalhos para Alemanha, França e Estados Unidos, por exemplo. Por tudo isso, foi um ano desafiador, analisa a diretora-geral da O2. “Agora, estamos colhendo os frutos, mas correndo muito ainda para entregar trabalhos para janeiro, porque as empresas estão retomando as atividades”, diz.
E por falar em 2021, quando perguntada sobre a expectativa para o ano que vem, Rejane é taxativa: “Espero a vacina”.