Que 2016 não foi fácil todos já estão cansados de ouvir. É hora de deixar o pessimismo no passado e trabalhar para um futuro melhor. O PROPMARK perguntou a executivos do mercado qual seria a manchete que eles gostariam de ler na primeira edição do PROPMARK de 2017. A julgar pelas respostas, o mercado espera que os tempos difíceis tenham ficado no ano velho.

O sócio e CCO da Bullet, Mentor Muniz Neto, é sucinto ao sugerir o título da primeira página: “Adeus, pessimismo”. “Eu acredito!” é a mensagem que o sócio e produtor executivo da Paranoid, Egisto Betti. O sócio e produtor executivo da Hungry Man, Alex Mehedff, está otimista. “Brasil prepara-se para o melhor ano de sua história”, conta.

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João Ciaco, head of brand marketing communication Latam FCA (Fiat Chrysler Automobiles), já seguiu o conselho e gostaria de ler na próxima edição: “Brasil se recupera da crise e mercado automotivo volta a crescer”. Mario D´Andrea, presidente e CCO da Dentsu, também está positivo. A manchete dele seria “Mercado vai crescer junto com a economia brasileira”, com um espaço secundário para “Palmeiras será bicampeão”.

Henrique Campos, sócio e produtor executivo da Great, vai na mesma linha: “Clientes e veículos preveem reaquecimento do mercado e crescimento de investimentos para todos as mídias em 2017”. Francesco Civita, sócio e produtor executivo da Prodigo Films, também aposta no otimismo: “Brasil deslancha”. “Com a reorganização da cadeia produtiva, mercado retoma crescimento”, sugere o sócio e presidente da MoodTBWA, Augusto Cruz Neto.

Guga Mafra, CEO da boo-box/ftpi, sugere duas opções. “Se isso fosse uma pergunta de gênio da lâmpada, eu gostaria de dizer que a crise no Brasil se encerrou e o país vai crescer na casa dos dois dígitos de novo. Porém, sendo realista, já ficarei feliz se a manchete for ‘anunciantes e agências cada vez mais focados em resultados’. Eu acho que essa é uma manchete bem factível. Se for assim já está bom. O resto a gente dá conta”, afirma.

David Besller, produtor associado da Supersonica, sugere que a experiência de 2016 seja usada em 2017: “Gambiarra: como o conceito olímpico pode salvar 2017”, seria sua manchete. “A ideia da manchete é mostrar que, por mais que o ano esteja cheio de desafios, ninguém está mais preparado para lidar com eles do que a indústria criativa, que tem na sua essência achar soluções inusitadamente simples para problemas complexos”, fala.

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A lição do passado é o título que Marcelo Bernardes, CEO da Purple Cow, quer ver: “Com os aprendizados da crise, os anunciantes revisam suas estratégias de investimento e aumentam consideravelmente os budgets de digital”. O sócio-diretor de gestão e negócios da produtora digital the goodfellas, Vinicius Debian, quer que o mercado saia do buraco. “Mexam-se! A crise não é, e não pode ser, sinônimo de inércia”, sugere. “Afinal, o que seria da humanidade se a cada nova crise déssemos um passo atrás? Períodos de crise evidenciam as necessidades e as necessidades, por sua vez, escancaram as oportunidades. Prosperar em épocas de crise requer das empresas e de seus gestores uma dose a mais vontade e de idealismo”, justifica.

Carlos Righi, produtor associado da Damasco Filmes, gostaria de ver uma solução surrealista: “Cobra gigante engole toda a cúpula do governo”.

A força do povo inspira a manchete de Hebert Mota, sócio e produtor executivo da H.A.M.nyc: “Brasil, o país dos verdadeiros guerreiros”.

Fernando Taralli, presidente da VML, diz que queria ler manchetes associadas com melhores práticas de marketing durante ciclo recessivo e lições da crise.