Usar uma variedade de dispositivos, canais e plataformas para navegar e comprar é uma realidade para 79% dos brasileiros, o que os torna omnishoppers. Esse fenômeno global foi investigado em um novo estudo da Criteo S.A, chamado The Shopper Story 2017.
De acordo com a pesquisa, a maioria dos brasileiros adota o showrooming, que significa ter o primeiro contato com o produto na loja física, mas realiza a compra no ambiente online. 64% dos consumidores percorrem esse caminho ocasionalmente, enquanto 29% o fazem com frequência. Ao contrário disso, 62% dos brasileiros aderem eventualmente ao webrooming, pesquisando na internet e comprando no varejo tradicional. Regularmente, 20% fazem isso.
Se comparados com os compradores que ainda não têm um comportamento multicanal, os omnishoppers gastam, em média, 7% a mais no ambiente online e 44% a mais no varejo tradicional. No mundo, mais de três quartos dos consumidores já estão engajados no omnichannel.
“Com a popularização dos smartphones, os consumidores passaram a ter liberdade para buscar informações sobre produtos e comprar online de qualquer lugar, inclusive de dentro da loja física do varejista. Dessa forma, a decisão de onde, quando e como comprar depende de diversos elementos, como comodidade, facilidade e, claro, preço. É por isso que uma estratégia de marketing bem sucedida precisa focar no cliente e não no canal de vendas ou dispositivo. As empresas que têm essa compreensão certamente saem na frente num mercado cada vez mais competitivo”, explica Alessander Firmino, diretor geral da Criteo para o Brasil e América Latina.
Se o mobile está, cada dia mais, presente na vida cotidiana, o ambiente online se torna crucial para a decisão de compra. Para metade de todos os omnishoppers, websites e apps são a última influência para efetivar a compra. Além disso, 54% afirmam já ter comprado no site de um varejista enquanto estava dentro da loja física desse mesmo varejista.
Entre os consumidores brasileiros, 68% dos que já têm um item em mente, iniciam a pesquisa em sites e não em mecanismos de busca. Entre os que sabem exatamente o que querem esse índice é ainda maior, saltando para 73%. Os que não procuram um produto específico tendem a começar a jornada da mesma maneira, apontando para 51% a porcentagem dos que entram primeiro no site do varejista.
A TV e outras publicidades offline não são tão importantes para os omnishoppers. Globalmente, sites e aplicativos desempenham a função como geradores de consciência de marca. Entre os consumidores, 56% dos brasileiros gostam de receber anúncios de retargeting, preferencialmente quando há a possibilidade de obter descontos maiores para os produtos que pretendem comprar. Já 29% gostam deste tipo de comunicação porque funcionam como um lembrete dos itens que estão considerando adquirir.
Para 50% dos entrevistados, os sites e aplicativos são mais influentes no processo de compra do que os mecanismos de buscas, o ‘boca a boca’ ou mesmo as redes sociais. Entre as compras impulsivas no ambiente online estão os setores de: Vestuário (83%), Brinquedos & Games (78%), Beleza & Sáude (67%), Produtos para Casa (66%) e Eletrônicos (62%).
O estudo Shopper Story 2017 foi supervisionado por um pesquisador independente e conduzido usando o painel global da Research Now, com 10 mil consumidores de idades entre 16 e 65 anos nos EUA, Japão, Reino Unido, Alemanha, França e Brasil. Todos os participantes são consumidores multicanal que navegam online diariamente e possuem um smartphone.