Discorrendo uma série de números e dados positivos dos últimos meses, relativos à economia brasileira, o ministro Henrique Meirelles ocupou na última sexta (1/9) os microfones da Jovem Pan para afirmar, em alto e bom som, que a recessão acabou.

Quem o ouviu atentamente, há de ter concordado com ele, pela sua tradicional sobriedade, conhecimento de causa e distante dos enunciados engana-trouxas que têm feito parte da política nacional e de forma abundante nos últimos anos.

Tem sido tão notória sua forma de agir e falar aos diversos públicos, sempre transmitindo segurança por revelar dados concretos e não promessas vãs, que uma corrente do empresariado brasileiro, aliada a uma parcela nobre da nossa classe política, tem sugerido seu nome para disputar a Presidência da República em 2018.

O que mais importa neste momento, porém, é repetirmos sua fala otimista nos quatro cantos do país, em um trabalho de reerguimento de esperanças de que tanto necessitamos.

Não podemos mais ficar amarrados ao passado sombrio e recente dos últimos tempos, cuja conta salgada ainda nos resta pagar. O mais importante é convencermos as ovelhas desgarradas do grande rebanho nacional, sobre a necessidade de um entendimento amplo a respeito das nossas grandes carências.

Não chegaremos a lugar nenhum estimulando o desmiolado “nós e eles”, que tanto mal tem feito ao país.

Com a recuperação, ainda que lenta, da economia, teremos o retorno em maior escala do produto final publicitário, ocupando todas as mídias. É ponto pacífico que a propaganda, ao cumprir seus papéis principais de anunciar e vender produtos e serviços, cria com a sua atuação um estado de espírito positivo na sociedade.

Para o caso do Brasil, essa força da atividade publicitária é redobrada, tendo em vista a empatia com que os brasileiros veem as mensagens e campanhas dos anunciantes. O aumento da atuação publicitária nos diversos mercados do país, em muito contribuirá para apressarmos a recuperação da economia.

Sempre apostamos nesse resultado e invariavelmente nossas expectativas acabaram por se confirmar. Não será diferente agora.

 

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Hoje (4/9) realiza-se o Fórum Anual de Debates da Revista Exame, no Hotel Unique, em São Paulo, com a presença de importantes debatedores da vida nacional, como o prefeito de São Paulo, João Doria (considerado por muitos como pré-candidato à presidência da República em 2018); Carlos Velloso, ex-presidente do STF; José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados; Demétrio Magnoli, sociólogo; o cientista político Bolívar Lamounier e muitas outras figuras carimbadas que influenciam os fatos em nosso país. Walter Longo, presidente do Grupo Abril, estará recepcionando os convidados, na certeza de que o Fórum contribuirá para a retomada do desenvolvimento.

 

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A presente edição do PROPMARK traz como matéria de capa uma importante análise sobre o tempo que a publicidade ocupa na vida dos cidadãos. O jornalista Paulo Macedo entrevistou importantes executivos do mercado, em busca das suas opiniões sobre a relevância do ferramental publicitário, a fim de atrair a atenção do consumidor, em uma época de multiplicação de mídias e esgotamento de alguns temas considerados vitoriosos no passado recente.

Outro trabalho jornalístico – instigante – é a entrevista com Marcelo Lyra, VP de Comunicação e Sustentabilidade da Odebrecht, sobre o processo de recuperação dessa marca extremamente conhecida dos brasileiros (e de outros povos), após a debacle sofrida com a Operação Lava Jato. Um desafio para poucos e bons.

Para quem aprecia números, com destaque para o valor de ações de empresas e conglomerados, o trabalho jornalístico de Claudia Penteado é para ser lido e guardado, para futuros confrontos.

Ela ouviu diversos especialistas desse segmento, sobre a queda de ações de grupos como WPP, Publicis e Havas, apresentando faturamentos aquém do previsto nesta quadra do ano.

 

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O publicitário Cássio Guiot, ex-Fields 360, de Brasília, direciona palavras a seu respeito a este Editorial, entendendo tratar-se de um espaço altamente democrático dentre as principais publicações especializadas do setor em nosso país.

Guiot lembra que há pelo menos dois meses faz parte do núcleo criativo da REF+, que considera uma das cinco maiores agências independentes do mercado brasileiro. Seu trabalho tem se direcionado para importantes anunciantes, como Decolar.com e Mercado Livre, além de Tupperware e Royal Caribbean. Ele lembra que a agência atende também outras importantes contas, como Petz, Pizza Hut e Barilla.

 

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Este Editorial é em homenagem a Sandra Martinelli, presidente-executiva da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), que acaba de ser capa da revista Propaganda, a mais antiga publicação em circulação do mercado publicitário brasileiro.

Sandra Martinelli deu nova cara à entidade, abrindo suas portas para todos os players do mercado, além de alongar os braços da mesma para outros mercados nacionais, justificando sua autoqualificação de “brasileira” em sua denominação.

Quem conhece o trabalho e a pessoa de Sandra Martinelli, sabe do que estamos falando. Quem não conhece, não sabe o que está perdendo.

Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Markerting e Propaganda (aferrentini@editorareferencia.com.br).