A CCXP bateu o recorde de marcas não endêmicas (que não fazem parte do universo nerd geek) apoiando a edição 100% virtual de 2020, que será realizada entre os dias 4 e 6 de dezembro. Mas tal feito não foi fácil.

“No começo, sabe quantas cotas de patrocínio tinham sido vendidas? Zero”, revela Pierre Mantovani, CEO da CCXP. A nova versão do evento de cultura pop recebeu o nome de CCXP Worlds e pretende fazer exatamente o que o nome diz: oferecer mundos diferentes para o público.

Mantovani: “Queríamos criar uma experiência digital que não fosse uma live no YouTube” (Divulgação)

Segundo Roberto Fabri, CMO e diretor de eSports na Omelete Company, empresa responsável pelo evento, o único que abraçou a ideia quando tudo ainda era um “keynote sem pé nem cabeça” foi o Facebook. Algo compreensível, afinal, a pandemia fez anunciantes frearem seus budgets. Como ressalta Mantovani, obviamente, foi mais barato entrar na CCXP patrocinando o evento digital do que com o evento físico.

Roberto Fabri, CMO e diretor de eSports na Omelete Company (Divulgação)

“Por mais que a gente bata recordes de marcas no evento, ainda é um ano que a gente está rodando no prejuízo por conta da pandemia”, revela. Mesmo assim, a ambição é fazer algo marcante. A navegação será feita por meio de uma plataforma com um mapa que lembra jogos como League of Legends. Cada clique dará acesso a um palco diferente. A empresa utiliza a tecnologia unreal engine, a mesma de jogos como Fortnite, para criar um ambiente renderizado em tempo real que coloca cada palco digital em diferentes contextos. O Thunder, por exemplo, está “localizado” num coliseu em uma cratera de meteoro. “Queríamos criar uma experiência digital que não fosse uma live no YouTube”, explica o CEO.

Outro ponto da CCXP presencial que foi trazido para a nova versão é o engajamento do público. Os cosplayers participarão por meio de reels no Instagram, parceiro do evento. Aliás, como ressalta Fabri, “as marcas que entram na CCXP não entram como patrocinadoras, elas são parte do conteúdo”. O Facebook, outro parceiro, ajuda a transmitir o evento para mais pessoas. Já a Oi, também parceira, garante que tudo vá ao ar conforme o planejado.

Há outros parceiros. A Budweiser é a primeira cervejaria a patrocinar o evento. Também há o apoio do energético Fusion. Santander e Fanta são o banco e o refrigerante oficiais, respectivamente. Amazon Prime assina os cordões e Skol Beats, Cel.lep, Sadia e Ruffles apoiam o festival. Ao todo, são cerca de 50 marcas presentes nesta edição.

Os meet and greets se transformaram em encontros via webcam com as celebridades, assim como os quadrinistas que também estarão disponíveis para conversas virtuais. “Temos mais de 20 communitys manager que ao longo da CCXP estarão doutrinando e conversando com a audiência que está ali. Algo que aprendemos com nosso canal do Gaules. Estamos trazendo este know-how do mundo dos eSports para a cultura pop”, revela Mantovani mencionando o streamer Alexandre “Gaules” Borba. “A maior celebridade da CCXP são as pessoas. Como trazer esse protagonismo para elas? Com nosso aprendizado em
eSports”, complementa Fabri.

Tudo será de graça, com opções de pacotes pagos. Serão cinco streamings simultâneos para o público brasileiro e um em inglês para a audiência internacional. A expectativa de alcance é de mais de 40 milhões no Brasil e 60 fora do país.

Há também o Unlock, braço de negócios da CCXP, que este ano ganha uma nova versão em formato de curso. O projeto tem foco em quem deseja aprender a empreender na cultura pop. Em 2020, a iniciativa será chamada de Unlock Omelete  e será lançada com o custo de R$ 499, no primeiro lote.