Mais um capítulo para o resultado da concorrência que decidiu a empresa organizadora do Carnaval de rua na cidade de São Paulo. Na última quinta-feira (11), o Ministério Público de São Paulo, por meio do promotor Nelson de Andrade, encaminhou pedido de fiscalização ao Tribunal de Contas da capital paulista sobre o patrocínio da festa.
Nesta terça-feira (9), a Dream Factory, parceira da Ambev, foi anunciada pela prefeitura como vencedora do chamamento público como única proponente. Segundo informações do G1, a promotoria pediu investigação no caso, tendo em vista que a empresa foi alvo de investigações em 2017 diante de acusações de ter recebido favorecimento da prefeitura.
No documento, Andrade chama atenção para o fato de “graves irregularidades foram constatadas no Chamamento Público de 2017 com indícios robustos no direcionamento em favor da empresa Dream Factory”. Para garantir a imparcialidade do processo de 2018, o ofício pede a instauração de procedimento de fiscalização de “eventual irregularidade, ilegalidade de violação e princípios da Administração Pública”.
Em nota, a Prefeitura negou irregularidades no contrato de 2017, e esclareceu que neste ano houve “ampla transparência” e que está “à disposição do Tribunal de Contas e esclarece que todos os documentos estão disponíveis no Diário Oficial da Cidade”.
Também por nota, a Dream Factory negou ter sido beneficiada e que seguiu as regras previstas no edital referente ao carnaval de 2017. Ressaltou ainda que o resultado de 2018 “reforça toda a competência na entrega do trabalho realizado pela Dream Factory na produção dos carnavais de Rua da cidade desde 2015”.