O “Corta!”, Pacto de Responsabilidade Antiassédio no Audiovisual criado em 2017 pela APRO (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais), está com uma nova campanha de conscientização contra o assédio sexual.
Também foi firmada recentemente uma parceria com o #MeTooBrasil. Formado por um grupo de advogadas especialistas no enfrentamento da violência baseada no gênero, ele é um braço independente do movimento lançado nos Estados Unidos. Juntamente com o Projeto Justiceiras, pretende acolher as vítimas de violência sexual, dando visibilidade, apoio, orientação e suporte para meninas e mulheres que passam por situações abusivas.
Criadas pela Leo Burnett Tailor Made, as peças da campanha reforçam a necessidade da mudança de comportamento na indústria.
São três filmes baseados em histórias reais. Eles fazem uma analogia à produção de roteiros e retratam comportamentos abusivos no audiovisual. “O material provoca as pessoas a refletirem e a se engajarem nesse movimento”, afirma Marianna Souza, presidente executiva da APRO e uma das lideranças do Corta!.
“Apartamento”, “Hotel” e “Camarim” retratam situações que aconteceram em festas, eventos oficiais do mercado e um típico dia de trabalho dentro de um set de produção.
A linha de comunicação intrínseca que amarra as mensagens destaca: “Isto não é um roteiro. Isto é uma história real. Isto precisa ter fim. CORTA!, um movimento contra o assédio na indústria do audiovisual”.
Para Pedro Prado, VP de criação da Leo Burnett, com essa campanha o projeto entra em uma nova fase. “Assim como o nome do movimento, CORTA!, que faz uma referência ao termo utilizado nos sets de filmagem para terminar uma cena, optamos por retratar situações fortes e verdadeiras que levem à reflexão e engajem na luta para dar um FIM, um basta no comportamento abusivo”, explica.
O lançamento aconteceu na quarta-feira (23) com uma manifestação coletiva nas redes sociais. Participaram produtoras, entidades, diretores, atores e profissionais.
Sob a liderança da APRO (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais), assinam a iniciativa também as entidades BRAVI (Brasil Audiovisual Independente), SIAESP (Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo), SICAV (Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual), SINDCINE (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal), SATED-SP (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo), ABRACI (Associação Brasileira de Cineastas), ABRAGAMES (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos), ABRAMINA (Associação Brasileira de Empresas Produtoras de Animação), APACI (Associação Paulista de Cineastas), APROSOM (Associação Brasileira das Produtoras de Som), CONNE (Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste) e STIC (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo), além de representantes das principais lideranças do mercado e de produtoras.
