No ano em que completa seis décadas, o New York Festivals International Advertising Awards realizou pela primeira vez no Brasil um evento para mostrar o rolo de filmes premiados na última edição e promover um debate entre publicitários. 

Alê Oliveira

O evento “New York Festivals Publicidade no Brasil. Mostra, debate e tendências para 2018” aconteceu nesta quinta-feira (23), no Praça São Lourenço, em São Paulo, em parceria com o PROPMARK. Atividade semelhante foi feita em 2016 em países como a Índia e a Itália.

A conversa contou com os publicitários Pedro Burneiko, head of art de digital e inovação na AlmapBBDO; Erh Ray, sócio e co-CEO da BETC São Paulo, que participou do Grand Jury do New York Festivals 2017; Márcio Fritzen e Ricardo Sciammarella, ambos diretores de criação da Ogilvy Brasil e Kelly Dores, editora-chefe do PROPMARK, que mediou a discussão.

Alê Oliveira

Armando Ferrentini, presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda, abriu o evento destacando o New York Festivals e relevância da produção e da criatividade brasileira. “O New York Festivals recebe inscrições de mais de 80 países, é importantíssimo para o mundo publicitário. E contamos com o apoio de todos aqui para que os trabalhos brasileiros possam concorrer em igualdade de condições e superando os de outros países. Nós nos transformamos em um país de extrema qualidade na criatividade publicitária. O Brasil disputa os primeiros lugares, quando não é o primeiro lugar”, disse.

Após a exibição do rolo com filmes premiados, o debate com os publicitários abordou alguns desafios, como lidar com o politicamente correto. “O grande desafio é a gente conseguir ser ousado no mundo em que a gente vive hoje. Como a gente encara o politicamente correto em um mundo com tantas limitações e julgamentos?”, provocou Márcio Fritzen, diretor de criação da Ogilvy Brasil. 

Alê Oliveira

A conversa destacou ainda tendências, como a intensificação do uso de tecnologia, com foco na realidade virtual e realidade aumentada. Ricardo Sciammarella, também diretor de criação da Ogilvy Brasil, chamou atenção para a facilidade de produzir coisas que há poucos anos demandaria mais estrutura e dinheiro e como atualmente há mais opções para realizar ideias.

“Antes havia poucas produtoras para viabilizar algumas coisas. Hoje estamos em um momento que o VR tem muita coisa para fazer, tecnologia para criar novas ações e a realidade aumentada que está começando, mas acho que nos próximos anos vai trazer coisas muito bacanas. Acredito que vamos começar a ver coisas surpreendentes de realidade aumentada”, aponta.

Alê Oliveira

Erh Ray, sócio e co-CEO da BETC São Paulo, que participou do Grand Jury do New York Festivals 2017, reforçou como o entretenimento tem crescente presença nos trabalhos de todas as agências e festivais. “Vimos um rolo de vários cases com puro entretenimento. A base do nosso negócio é fazer peças, filmes ou ativações que tragam entretenimento, e ter a busca pelo frescor, por um outro jeito de ver as coisas. Ideias simples”, resumiu.

Alê Oliveira

Já Pedro Burneiko, head of art de digital e inovação na AlmapBBDO, iniciou sua participação destacando cases como o The Field Trip to Mars, que usou realidade virtual para ‘levar crianças’ para passear em Marte dentro de um ônibus escolar. “É um case interessante que exemplifica o que está por vir.”

 

Alê Oliveira

A cobertura completa do debate estará na edição desta semana de PROPMARK. Confira a galeria abaixo.

O New York Festivals foi criado em 1957 e reconhece o melhor da criatividade publicitária e da comunicação do marketing no mundo. O prêmio recebe inscrições de mais de 80 países. Para 2018, o NYF vai ampliar as competições. As incrições já estão abertas e a cerimônia de premiação será realizada no dia 17 de maio, em Nova York. Nos últimos cinco anos mais de 75 criativos brasileiros participaram do Grand Jury e 142 nos dez últimos anos. A edição de 2018 conta com 17 brasileiros entre os jurados. 

Alê Oliveira

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