Mais uma Copa vem aí, a ser disputada entre 14 de junho e 15 de julho em 11 cidades diferentes na improvável Rússia, reconhecida mais pela competência em esportes de inverno do que pelo futebol, cujo tempo discorre seis horas à frente dos relógios do lado de cá do planeta. 

Rede Globo, SporTV e Fox Sports detêm, no Brasil, os direitos de transmissão, juntamente com G1 e Globoesporte na internet, e pelo menos 12 rádios, mídia hoje mais digital e presente em celulares do que nos velhos aparelhos de pilha.

Espera-se que, apesar dos desafios da língua, da distância entre as cidades e também do fuso – que fará com que a maioria dos jogos ocorra pela manhã no Brasil – a cobertura tenha um colorido diferente, recheada com as muitas curiosidades locais.

Está nos planos dos principais veículos – especialmente aqueles que não contam com o tempo real como aliado para transmitir os principais lances das partidas – aprofundar análises e contar as boas histórias que surgirão ao redor do mundial.

Divulgação

Os principais patrocinadores do pacotaço de transmissões da Globo são Itaú, Brahma, BRF, Coca-Cola, J&J e Vivo. A Globo transmitirá os jogos, sendo que 56 deles ao vivo na TV e oito – que ocorrem em horários simultâneos – via Globoplay e em melhores momentos na TV aberta.

Os telejornais serão ancorados de um estúdio montado na famosa Praça Vermelha, ao lado do Kremlin, de onde outras oito emissoras do mundo também transmitirão. Em função dos jogos diurnos, haverá diversas alterações na grade da TV aberta.

A emissora também exibirá os jogos em 100 quiosques da Orla Carioca. A cobertura da Globo será integrada ao SporTV e ao Globoesporte.com, totalizando 600 horas e 400 profissionais dedicados ao evento nas três plataformas, com 23 equipes espalhadas pela Rússia.

A cobertura oficial terá início no próximo dia 21, ainda no Brasil, e a partir de 10 de junho direto da Praça Vermelha, de onde serão transmitidos os programas Esporte Espetacular, Fantástico, Bom Dia Brasil, Globo Esporte, Jornal Hoje e até o Jornal Nacional.

Divulgação

Da cidade de Sochi, onde ficará a nossa seleção, Glenda Kozlowski apresentará o bloco de esportes do Hora 1 e do Jornal da Globo.

Desta vez, nada de unidades móveis pesadas: as equipes terão equipamento leves para entradas ao vivo e contarão com rede de telefonia celular 4G.

O SporTV será o único canal a transmitir ao vivo todos os 64 jogos, e terá mais 600 horas de conteúdo dedicadas ao evento, começando diariamente com o Planeta SporTV.

Seis cotas de patrocínio foram adquiridas pela Ambev, Caixa, Claro, McDonald’s, Samsung e Renault.

Já o Fox Sports terá intensa programação produzida na Rússia, exibida 24 horas, contando com tecnologias como mesa tática com a ferramenta touch, realidade aumentada e câmera 360 graus para analisar de perto os lances do torneio. A Globosat fechou projeto comercial com 17 meses de duração envolvendo diversos projetos.

Especiais
O SBT enviará dois repórteres e dois editores para a Rússia, enquanto ESPN, que não detém os direitos de exibição das partidas, pretende investir na cobertura jornalística e na exploração do conceito Game around the game, no qual todas as informações do pré e do pós serão exploradas.
A Record TV também terá uma equipe na Rússia realizando reportagens.

A rádio Transamérica, que detém os direitos de transmissão do mundial, terá 12 profissionais in loco, coordenados por Eder Luiz, responsável pelo departamento de esportes.

A mídia impressa permite uma abordagem mais refinada e aprofundada.

No Sul, equipe do Grupo RBS com 20 profissionais fará cobertura multimidia, que inclui transmissão de jogos pela Rádio Gaúcha e diversos conteúdos editoriais.
Gaúcha, Zero Hora, GaúchaZH e RBS TV terão jornalistas envolvidos na cobertura, com programas especiais como Gigante da Copa, Saia na Rússia e entradas ao vivo durante a programação.

Divulgação

Márvio dos Anjos, editor de esportes dos jornais O Globo e Extra, afirma que o campo e a bola interessam do ponto de vista analítico, para aprofundar discussões, mostrar bastidores e os caminhos que levaram às grandes jogadas.

Preparado para longas jornadas de trabalho, Márvio fala que a cobertura fugirá do que é commodity e uma de suas apostas é o comentarista Carlos Eduardo Mansur, que fará análise mais tática e de tendências da Copa.

Haverá cadernos diários em ambos jornais e atrações digitais como o quiz visual Copa, cabelo e bigode.

O Estadão vai focar no digital, contando com dois sites, Estadão.com e #Fera, produção de conteúdo em vídeos para a TV Estadão e redes sociais com “lives”, programas e boletins na Rádio Eldorado, além de equipes da AE subindo matérias 24 horas por dia.

O pacote de conteúdo é extenso, e o jornal também tem uma equipe na Rússia.

Já a revista Época conta com a produção de enviados especiais e contribuições de nomes do jornalismo esportivo como João Máximo.

Os colunistas José Miguel Wisnik e Alex Bellos, ambos autores de livros sobre futebol, darão perspectivas particulares da Copa.

Segundo o Twitter, de setembro de 2017 a maio deste ano, foram contabilizados 18,9 milhões de tweets sobre a Copa.

A tendência de atenção é crescente, o que constitui uma grande vantagem para a mídia: como poucos temas, a Copa é democrática e inclusiva.

Leia mais
Marketing esportivo precisa evoluir para jogar em alto nível no Brasil
Anunciantes estão prontos para o jogo a um mês do início do mundial