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Sob o tema central Diversificar: como ir além, o Fórum de Marketing Empresarial, que será realizado de 24 a 26 deste mês no Sofitel Jequitimar, Guarujá, em São Paulo, confirma a participação de profissionais dos segmentos de marketing e publicidade nos painéis programados para a parte da tarde do evento. Luiz Fernando Musa, presidente do grupo Ogilvy; Vanessa Brandão, diretora de marketing da Heineken; Priscila Stoliar, gerente de marketing do SBT; Hugo Rodrigues, CEO e chairman da WMcCann; e Paulo Secches, presidente da HSR Brasil, estarão nos debates sobre diversidade de gerações e negócios. A curadoria do evento tem a liderança de Marcos Quintela, presidente do Grupo Newcomm; Adonis Alonso, da Creatix; e Armando Ferrentini, publisher da Editora Referência. A organização envolve o Lide (Grupo de Líderes Empresariais) e a Referência.

“Buscamos temas atuais, que tragam provocação, reflexão e novos caminhos para a indústria da comunicação, que é o elo para ativar consumo e conectar os consumidores com suas mensagens. A diversidade, seja pelo viés do gênero ou das novas formas de gerenciamento de negócios, que envolve novos recursos humanos e olhar mais multifacetado para as oportunidades, motiva o Fórum a trazer à pauta uma discussão rica sobre esse momento marcado pelo digital, que trouxe o consumo da informação de forma instantânea e na palma da mão. Esse redirecionamento motiva o Fórum a trazer nomes que estão alinhados com esse cenário e com voz para propor ideias, afinal estão bem ativos nos seus negócios e colocando em prática as novas ofertas para garantir resultados e visibilidade às marcas”, explica Ferrentini.

Alê Oliveira

O pesquisador Paulo Secches, presidente da HSR Brasil, vai estar no painel Diversidade: discurso ou negócios. Por que diversificar processos, gestão e também inovação é preciso no marketing e na publicidade para ir além dos processos e desafios que se apresentam no dia a dia das atividades desses segmentos? Secches responde: “O mundo, as pessoas e os consumidores mudam numa velocidade estrondosa. A informação sobre tudo é acessada por todos, os valores se transformam, os processos de compra mudam, os critérios de escolha mudam, a forma de avaliar as empresas e instituições muda. Neste ambiente em que vivemos não resta alternativa ao marketing e à comunicação das empresas a não ser mudarem em alta velocidade. E, ainda, assim, para acompanhar o que já foi, o passado.”

Secches acrescenta: “No processo de mudança da sociedade, os indivíduos aprenderam (ainda que não todos) que o respeito que deseja para a sua individualidade passa pelo respeito à individualidade do outro.Não é um processo pacífico, sem conflitos.Ele é conflituoso, tenso. Mas o que vimos na pesquisa que realizamos é que ¾ da população respeita a diversidade, aceita e respeita os diferentes deles. Tornou-se, portanto, inevitável, o respeito à diversidade. O não respeito levaria à selvageria social.”

Nas palavras de Secches, a inovação é a chave nos processos gerenciais. “Diferentes estudos sobre marcas que temos conduzido ao longo do tempo têm demonstrado que a demanda dos indivíduos sobre as marcas tem mudado radicalmente. Se antes apenas demandavam visibilidade – nisso os estudos de Top of Mind eram importantes -, hoje demandam que elas tenham e defendam uma causa e um propósito. E sejam verdadeiras nas suas ações de defesa desta causa-propósito. E as marcas que reconhecem como tendo um propósito tendem a ter uma maior probabilidade de compra e uma predisposição maior de pagar mais por ela. Portanto, o que estamos falando não é ‘apenas’ poesia, mas sim condição da sustentabilidade e lucratividade dos negócios no tempo.”

A executiva Priscila Stoliar, gerente de marketing do SBT, chama a atenção para a complexidade da mídia com a diversificação de canais. “Todos os dias, enfrentamos um ambiente de mídia e comunicação cada vez mais complexo. As pessoas estão consumindo conteúdo de forma diferente, interagindo com as marcas e seus amigos por meio de plataformas digitais, que lançam uma novidade e se modificam constantemente. E ‘como’ e ‘onde’ isso ocorre variam de acordo com cada geração. Todas essas mudanças também nos desafiam a pensar diferente todos os dias, rever métricas, modelos, formas de contar uma história e se relacionar com o nosso público. Não há mais espaço para a zona de conforto nesta realidade.”

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Nesse ambiente, Priscila também observa o tema da diversidade e da inovação. “Temos de pensar a diversidade não como uma forma de inclusão, mas sim de ocupação. Afinal, estamos falando de um país diverso, que quer se identificar com aquilo que consome em serviços, bens de consumo e entretenimento. Por isso é essencial termos equilíbrio tanto na visão estratégica dos negócios, quanto na entrega lá na ponta para o público. Ainda não vivenciamos esta realidade no Brasil, mas estamos avançando. Acredito que nos últimos anos há um pico de inovação em todos os segmentos. Não pensar em liderar mudanças é o mesmo que perder relevância e protagonismo. Mas não acredito na inovação pela inovação: a disrupção precisa ser útil e entregar novo valor aos negócios e à vida das pessoas”, finaliza.

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