Para o Grupo de Planejamento de São Paulo, o primeiro semestre deste ano foi o momento de estruturar os projetos que serão realizados durante o biênio que se encerra em 2020. Agora, é a hora de colocá-los em prática.

As iniciativas realizadas pela instituição terão como base dois eixos centrais: capacitação de profissionais atuantes na área – inclusive com o oferecimento de bolsas para seus cursos e eventos – e inclusão de diversidade e representatividade.

Para esta última orientação, a entidade criou um grupo de inclusão liderado por Flávia Spinelli, vice-presidente do GP e global client partner do Facebook. Compõem ainda o núcleo outros seis profissionais: Gisele Bambace, diretora de planejamento da J. Walter Thompson; Verônica Dudiman, planejadora da Mutato; Tiago Tuiuiú, planejador, e Rafael Camilo, diretor-geral de planejamento, ambos da Africa; Diego de Oliveira, estrategista criativo e Gustavo Borrmann, creative agency partner, os dois do Facebook.

A principal ação será a consolidação de boas práticas sobre o tema para que o GP seja um acelerador das mudanças do setor. “Quando começamos a pensar sobre qual seria a nossa contribuição, definitivamente não pensamos em começar um projeto novo, mas, sim, em unir pessoas para entender o que já foi aprendido e combater as barreiras que ainda existem. Há muitas boas iniciativas sendo trabalhadas individualmente por agências e empresas, e o nosso papel é conectar todo mundo que está começando ou que já atua dessa forma”, explica Flávia Spinelli. A proposta de atuação do grupo foi levada à validação inicial em reunião com mais de 20 especialistas e formadores de opinião. Dentre eles a consultoria 65/10, os coletivos Mooc, Gleba do Pêssego, Pujança e Publicitários Negros, além de profissionais aliados a causa da diversidade.

De acordo com a executiva, o próximo passo da equipe será mapear a composição sociodemográfica das equipes de planejamento das agências de publicidade que atuam no mercado paulista. O objetivo é que seja realizada uma “maratona” de aceleração, e esses dados vão auxiliar a dividir os grupos de discussão por níveis de maturidade de implantação de projetos. “Com esses aprendizados, a ideia é que a gente traga especialistas do mercado para ajudar, por meio de treinamentos ou discussões, a resolver cada um dos obstáculos identificados. Queremos abordar ao menos um tema por mês, incluindo profissionais de diferentes áreas”. O projeto segue o mote Melhor no Plural, que reforça tanto a dinâmica de cocriação quanto o incentivo ao fomento de pluralidade nas agências. Ao final desse processo, a entidade pretende definir um compromisso, que deve ser assinado pelos participantes.

Colocando em prática o conceito de inclusão, o Grupo de Planejamento vai também irá financiar a entrada de 12 novos associados, que serão selecionados pelo comitê de diversidade com base na mesma metodologia aplicada na designação de bolsas para os cursos: um questionário sociodemográfico e uma declaração do candidato sobre como ele espera que a experiência impacte sua trajetória profissional.

“Esse não é um esforço individual, é um movimento coletivo. A gente sabe que tem tanta gente fazendo coisas bacanas, e queremos fazer com que essas pessoas maravilhosas, que estão tentando mudar o nosso mercado, aprendam mais umas com as outras”, diz Flávia.