Quando Tom Jobim, com o seu indiscutível talento, afirmou que o Brasil não era para principiantes, muita gente não entendeu, perguntando aos seus botões como isso poderia ser verdade em um país na época composto por grande maioria de crianças e jovens, portanto principiantes.

O tempo, senhor da razão como Collor gostava de afirmar após tornadas públicas suas estripulias arquitetadas a partir da Casa da Dinda, encarregou-se de dar razão ao autor (junto com Vinicius) de uma das mais belas páginas do cancioneiro popular brasileiro.

Entender o Brasil (leia-se os brasileiros) não é mesmo fácil. Quando as coisas mais deveriam se ajeitar com a aproximação das eleições, que poderão significar, conforme seus resultados, o início de uma nova era benéfica para o país, a impressão que temos é a de que, a cada dia que passa, mais riscos corremos.

A tentativa de candidatura de Lula da Silva, por exemplo, torna-se uma ameaça para o país, a partir da possibilidade de o seu nome ser liberado para concorrer, passando-se por cima da lei que o próprio promulgou, lembrando o monsieur Guilhotin.

Sendo a tendência mais forte neste momento a de não ser liberado, como ficam as pesquisas que resolveram incluir seu nome nos questionários?

E as dezenas de pesquisas não autorizadas, que estão sendo realizadas e divulgadas por todo o país, causando confusão principalmente junto ao eleitorado menos esclarecido da população brasileira?

Com tamanha confusão às vésperas do pleito, como estão nos vendo os países mais adiantados, que um dia queremos ser como eles?

Até Trump, o trapalhão, deve morrer de rir das nossas autoridades, sentindo paralelamente uma bruta inveja de não poder provocar essa confusão no seu país.

O que menos dá para entender nessa história toda é por que a Justiça Eleitoral precisa de um longo prazo para analisar se uma candidatura ao pleito de outubro tem ou não condições de competir. Se a Lei da Ficha Limpa impede os condenados por crime em segunda instância concorrer, o que se aprecia nesse longo prazo? A revisão do processo penal?

Claro que não. Temos para nós que seria o bastante a certidão negativa do TRF-4, que confirmou por unanimidade a condenação em primeira instância do apenado.

O não registro de Lula da Silva deveria ser declarado no guichê de entrada do pedido de registro feito pelo seu partido. Ao contrário, instaura-se um novo processo, desta feita eleitoral, para decidir se o interessado pode ou não ser candidato. O óbvio é jogado fora, correndo-se o risco de a Justiça Eleitoral decidir contra a lei e ignorar a condenação do apenado em segunda instância, como dispõe a Lei da Ficha Limpa.

Se isto ocorrer, teremos o absurdo da Justiça Eleitoral praticamente tornar sem efeito para os fins da Lei da Ficha Limpa o indiscutível julgamento dos três desembargadores do TRF-4, que confirmaram por unanimidade a decisão da primeira instância.

O pior dessa história grotesca é o dano que causa à economia do país, que já vem há tempo capengando e agora se defronta com mais essa “jabuticaba”, inventada por pessoas de posses que dizem defender os mais necessitados, sem perceberem – do que duvidamos – que estão colaborando para tornar a Justiça ainda mais lenta, prejudicando o país de forma irreversível.

Em tempo: a Venezuela é logo ali.

 

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Após longo e consistente conteúdo sobre o setor de mídia nas agências, o jornalista Felipe Turlão aborda nesta edição a área de criação, com depoimentos de Luiz Sanches, Sergio Gordilho e Erh Ray, dentre outros.

Uma boa pauta do PROPMARK, objetivando mostrar as mudanças provocadas na elaboração do produto final publicitário, pelos novos tempos que não incluem apenas a instrumentação digital, mas uma nova forma de pensar e viver do consumidor, influenciando com isso não apenas os formatos da propaganda, como também e principalmente a própria linguagem.

Leitura obrigatória para todo o setor.

 

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Começou como uma espécie de coincidência e até um achado, mas vem se expandindo velozmente a utilização da locução feminina em campanhas publicitárias. A matéria desta edição que aponta o fato mostra com clareza como se agrega valor à publicidade quando ela procura se reinventar, o que é uma necessidade “apressada” nestes tempos de rápidas mudanças.

 

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O designer joalheiro Marcelo Lopes anuncia a criação da Crown Collection, em homenagem à cantora Elza Soares, além da Naja Collection, inspirada na serpente sagrada e simbologia das formas geométricas.

O artista oferecerá uma recepção a convidados especiais na próxima quinta-feira (30), na Tapetah, em São Paulo.

 

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Em setembro, a Editora Referência lançará mais uma versão do tradicional Marketing Best, que premia os melhores cases do ano, através de um júri formado por membros da Academia Brasileira de Marketing, presidida por Madia de Souza.

A entrega dos troféus às empresas vencedoras e à mulher a ser escolhida como Marketing Citizen ocorrerá em maio de 2019, no Tom Brasil, tradicional reduto da premiação.

 

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Este Editorial é em homenagem ao jornalista Otavio Frias Filho, diretor de redação da Folha de S.Paulo e diretor editorial do Grupo Folha, recentemente falecido e a quem a agência Africa dedicou uma página, na edição de 22/8 da Folha, reproduzindo uma das frases preferidas do falecido: “É preciso não se acomodar”.

No copy do anúncio-homenagem, o texto de Nizan Guanaes: “Foi pensando assim que Otavio Frias Filho conseguiu construir um jornalismo plural, apartidário e crítico, que tantos serviços prestou ao Brasil. E este foi seu maior legado. Só temos a agradecer”.

Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência, que publica PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda (aferrentini@editorareferencia.com.br).