2017 foi um ano de muitas mudanças em todos os segmentos. No Brasil, a instabilidade política e econômica foram fatores presentes no dia a dia do brasileiro mas que, em muitos casos, impulsionaram novos negócios no País, afinal, da necessidade costumam surgir grandes oportunidades. A publicidade, por exemplo, registrou diversos casos de sucesso e campanhas que quebraram paradigmas e geraram polêmicas.

No restante do mundo, novos serviços de streaming de vídeo também passaram por mudanças, ganharam ainda mais relevância e cravaram a marca da produção de conteúdo de qualidade: somente no último Emmy, o Netflix reuniu cerca de 90 indicações e o grande prêmio da noite ficou para The Handsmaid’s Tale, série original do Hulu. Se antes somente os grandes estúdios de hollywood tinham vez com suas produções bem elaboradas, a situação agora é outra. Serviços de streaming têm apostado cada vez mais em produções originais e têm sido reconhecidos por isso.

No caminho inverso, grandes produtores do mercado optaram por retirar seus conteúdos dessas plataformas para investirem no serviço de distribuição próprio, como foi o caso da Disney e da Fox, por exemplo. Essa onda Netflix também atingiu o pequeno produtor: neste ano, diversos canais com conteúdo de nicho ganharam destaque e conquistaram cada vez mais seguidores, como é o caso do Metaflix, canal com foco em desenvolvimento pessoal por meio da física quântica, e do Fisioplay, com conteúdo específico para quem quer aprender sobre temas relacionados à Fisioterapia.

Isso nos mostra que, na premiação para a indústria do entretenimento, educação e marketing, o conteúdo ganhou a função de destaque. Um exemplo é o branded content, uma forma das marcas se conectarem com seu público, e que cresceu tanto este ano que ganhou espaço, inclusive, em jogos digitais.

Mas, ainda no universo dos vídeos, descobri que as pessoas estão cada vez mais dispostas a consumirem conteúdo em vídeo com foco em aprendizado. De acordo com a pesquisa Vídeo Viewers, do Google, 65% das pessoas acessam o Youtube quando querem aprender algo. Isso comprova a potência do mercado de educação a distância, tanto para ensino superior e especializações, quanto para cursos livres. Essa última modalidade, por sua vez, é uma das que mais têm ganhado destaque.

Neste ano, os vídeos também foram usados como ferramenta de aceleração de vendas e relacionamento com o cliente. O vídeo tem o poder de aproximar, despertar sensações e criar vínculos, desde, é claro, que ele tenha um diferencial: um conteúdo relevante, uma narrativa envolvente e bem elaborada. Esse foi um dos temas tratados pelo especialista em vídeos, Camilo Coutinho, na sua palestra no Connect Samba, o mais completo evento sobre vídeos online do País.

A verdade é que, neste ano, os vídeos online ganharam um destaque nunca visto antes. O conteúdo se consolidou como o principal elemento deste cenário e as diferentes formas de distribuição são a aposta para o próximo ano. Se você que investir em um negócio digital baseado em vídeos, aproveita que o ano ainda não acabou e foque no seu conteúdo: é ele que irá dar fundamento para o seu negócio em 2018. Até o ano que vem!

Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech