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Já faz alguns anos que por diversas vezes a frase “sem saber que era impossível ele foi lá e fez”, do poeta Jean Cocteau, me acompanha. Uso em muitos momentos. Para mim, desafiar a si mesmo é um fato constante na vida pessoal e profissional, é o combustível necessário para alcançar satisfação e transformar minhas dúvidas, insatisfações e medos em oportunidades.

Quando tive a oportunidade de escrever para esta coluna, logo de cara, já sabia que era sobre isso que iria escrever. Uso como mantra de vida a frase “o impossível não existe”. Aquilo que hoje não se faz, algum dia se fará, e aquele que o fez será o responsável pela conquista e pela inovação.

Em casa, principalmente para Beatriz, minha filha linda de 10 anos, o desafio de encarar os medos e incertezas é pauta das nossas conversas. Hoje, ela já compreende o fato que o pai não aceita escutar “não consigo”. Para conseguir é preciso tentar, e falhar faz parte do processo de aprendizado e de melhoria. Importante ressaltar que isso só vale se o esforço vier acompanhado de satisfação, seja por ter conseguido ou, pelo menos, tentado.

A mesma coisa, dita de maneira diferente, falo para meus colegas de trabalho. Não aceito “não” como barreira, seja no início de um processo ou na entrega de um projeto dentro da agência. A frase: “não dá para fazer” é algo inaceitável. O primeiro erro é a forma como se utiliza a palavra “não”. A negativa no início da frase bloqueia qualquer tentativa e com isso já encerra qualquer possibilidade de sucesso. Como vou fazer algo que já anunciei que não é possível ser feito. É duro, mas todo dia existe alguém capaz de fazer mais rápido, mais barato e melhor aquilo que estamos fazendo. Portanto, é preciso acreditar e usar as dificuldades impostas para criar soluções, inovar, mudar o rumo e, se preciso for, desconstruir para construir novamente. Usando isso como premissa, costumo questionar o modo como nos propomos a lidar com os desafios que a vida impõe. Somos seres guiados através de padrões e percepções, e isso nos faz, na maioria das vezes, viver em um modo automático e conformista.

A partir do momento em que você propõe tornar como padrão do seu dia a dia a organização da sua vida encarando os desafios e experimentando tudo de forma diferente, você sai do modo automático. Você conquista mais vitórias e as suas derrotas se tornam aprendizados para que você se torne uma pessoa melhor.

Escrevi aqui algo que percebi ao longo da minha trajetória. Vi logo no início da minha vida adulta que toda dificuldade me empurrava para frente, me transformava em uma pessoa mais focada, mais dedicada, mais aguerrida. Muitos amigos já sabem: falou que duvida que eu faço, então é quase certo que o farei. Percebi vivendo desta forma que todos momentos importantes da minha vida foram marcados por desafios muito intensos em que conseguir alçar minhas satisfações era uma obrigação e não alternativa. Viver isso intensamente transformou minha vida e transforma todo dia, pois, se hoje a vida me proporciona momentos de tranquilidade eu mesmo faço questão de impor novos desafios e metas.

No momento em que a vida profissional prospera, procuro olhar para frente prevendo novas tendências e novas mudanças, já que hoje vivemos num momento em que a necessidade de se reinventar é cada dia maior e mais dinâmica. Estar pronto para isso é algo que necessita ser exercitado. No momento em que tudo está tranquilo e indo bem, sempre invento alguma coisa para fazer (meus sócios e minha mulher que o digam). Já na vida pessoal, foco na família e no esporte. Sou praticante de equitação há mais de 20 anos, boxe há mais de 10 anos e jiu-jítsu há quatro. No esporte acalmo a necessidade de desafios diários, pois é na disputa esportiva que encontro meus maiores desafiadores, aqueles que, melhores que eu, me ajudam a melhorar e a me superar.

Marcelo Ramos é CEO da Mestiça

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