Idosos têm no smartphone a sua principal forma de acesso à internet (Freepik)

Os idosos incorporam cada vez mais a tecnologia em suas rotinas elevando papel da economia prateada nos negócios das marcas. Uma das preferidas são os aplicativos de redes sociais (72%), transporte urbano (47%), bancos (45%), compras (34%) e delivery de refeições (28%). A rede social mais acessada é o WhatsApp (92%), seguida pelo Facebook (85%) e YouTube (77%). O Instagram também aparece na lista, assim como o Telegram, que já é utilizado por 30% dos consumidores.

Os dados são do levantamento “O uso da tecnologia e impactos da pandemia na terceira idade”, apresentado pela empresa de pesquisa Offerwise nesta terça-feira (16) durante o primeiro dia do 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa. O estudo foi feito com mulheres (56%) e homens (44%) acima de 60 anos das classes A e B (26,6%) e C, D e E (73,4%) residentes em todas as capitais brasileiras, totalizando 414 casos coletados entre os dias 10 a 23 de fevereiro de 2021.

“A pesquisa foi feita em formato totalmente online, provando que existem métodos eficazes até mesmo para alcançar targets mais específicos”, comenta Cassiano Albuquerque que, juntamento com Jônatas dos Santos, conduziram a divulgação dos dados.

Com uma frequência de acesso de quatro dias ou mais na semana realizado predominantemente por mulheres (91,5%), os idosos têm no smartphone a sua principal forma de acesso à internet. A aparelho foi mencionado por 84% da amostra. Informação (64%), comunicação (61%) e a busca por produtos e serviços (54%) estão entre as principais motivações para o uso dos canais digitais.

Os produtos mais comprados pela internet são eletroeletrônicos (58%), remédios (49%) e eletrodomésticos (47%). Já os gastos com viagens (37%), bares e restaurantes (36%), roupas, calçados e acessórios (36%) foram os que registraram as quedas mais acentuadas entre os consumidores idosos durante o surto da Covid-19.

Os principais sentimentos despertados pela pandemia foram o medo de perder pessoas amadas (86%), ser contaminado (75%) e realizar atividades diárias (71%), além da angústia e ansiedade (63%). As principais alterações de comportamento estão ligadas ao aumento do otimismo (78%), o isolamento social (74%), menor vontade de sair (71%), o sedentarismo (65%), e as alterações no sono (51%).

As mudanças na vida cotidiana são citadas por 94% dos respondentes, com destaque para o uso de máscaras fora de casa (73%), aumento da frequência de higienização das mãos (67%) e o distanciamento social (59%). A preocupação com a pandemia está presente em 95% dos entrevistados.

Risco de contaminação (40%), demora em ser vacinado (35%) e o receio com a crise econômica (30%) foram os temores mais citamos. A imunização contra a Covid-19 está nos planos de 79% dos idosos ouvidos, mas 12% se mostraram indecisos e 8% admitem que não irão se vacinar.