Petrobras aparece em quarto lugar, com valor de US$ 5,8 bilhões

 

A cerveja mexicana Corona detém a marca mais valiosa da América Latina de acordo com o segundo ranking BrandZ Top 50 Marcas Latino-Americanas Mais Valiosas, realizado pela BrandAnalytics e publicado pela WPP nesta terça-feira (24). A Corona aumentou seu valor de marca em 29%, chegando a US$ 6,6 bilhões. A Petrobras, gigante brasileira da área de energia e que liderava o ranking em 2012 com o valor de US$ 10,6 bilhões, agora aparece em quarto lugar, com o valor de US$ 5,8 bilhões. A redução de 45% no valor da marca se deve à desvalorização de suas ações no mercado de capitais.

A categoria de Consumo de Massa como um todo (Cervejas, Pães, Cosméticos e Alimentos) cresceu 73%. A maior contribuição para o crescimento vem do segmento de cervejas, que teve seu valor aumentado em 96%. As marcas de cerveja Modelo (México) e Brahma (Brasil) cresceram 85% e 61%, respectivamente, enquanto Skol, a marca mais valiosa do Brasil, cresceu 39%. Águila (Colombia) entrou pela primeira vez no ranking, na 10ª posição.

A categoria com a maior queda em valor de marca no geral foi Serviços (Telecomunicações e Empresas Aéreas), com 31%, principalmente devido ao declínio da indústria de telecomunicações na região. Telcel (México) foi uma das marcas que mais contribuiu para a queda, caindo 22% em valor. Marcas do setor de energia, óleo, mineração e cimento caíram em valor em cerca de 25%. Apesar da queda de 8% comparado com o ano anterior, as instituições financeiras ainda totalizam 25% do valor total das Top 50.

Visão geral dos países

O México ultrapassou o Brasil e passou a ter a maior participação no valor total das marcas Top 50. As mexicanas contribuíram com cerca de um terço do valor total (32%), especialmente pela proximidade com os Estados Unidos e seu grande número de marcas internacionais. Suas marcas de cerveja lideram o processo, enquanto bancos e marcas do varejo também tiveram uma performance positiva – Banco Banorte e o varejo Soriana entraram no ranking pela primeira vez, enquanto o valor da marca da loja de departamentos Liverpool teve um crescimento significativo de 79%.

O Brasil, que tinha a maior participação em valor no ano passado, cai para a segunda posição, com uma redução de 34% para 28%. Fatores que incluem a desvalorização da Petrobras no mercado de capitais e a queda no valor da marca Bradesco (-18%) e Itaú (-39%) depois da estratégia do governo em estimular a economia com base na redução de taxas de juros impactaram os resultados financeiros.

O Peru foi incluído no Top 50 pela primeira vez, com uma contribuição em valor de 3%, devido ao significativo crescimento do país na região: seu crescimento de 6,3% no PIB em 2012 foi o maior da América Latina. Oito das marcas que estão nas Top 50 também estão no ranking das categorias do BrandZ Top 100 Marcas Globais Mais Valiosas: Petrobras, Ecopetrol, Falabella, Natura, Skol, Brahma, Corona e Aguila.

“Mesmo com a continuidade da crise e outros fatores que trouxeram impacto negativo na economia da América Latina, incluindo inflação e queda nos preços das commodities, o valor total do BrandZ Top 50 Marcas Latino-Americanas Mais Valiosas só tiveram uma pequena redução em relação ao ano passado. Esta é uma demonstração de que marcas fortes são capazes de minimizar o impacto das condições macroeconômicas desfavoráveis e entregar performance de negócios positiva”, declarou Fabian Hernandez, CEO da Millward Brown América Latina, dona da BrandAnalytics.

Segundo Valkiria Garré, CEO da Millward Brown Brasil, é interessante observar como as marcas de consumo ganharam destaque no Brasil. “O crescimento dessas marcas é um reflexo do excelente trabalho de marketing, que mostra relevância e diferenciação frente a concorrência. Acompanhar a performance no mercado é um trabalho essencial para ganhar cada vez mais espaço”, afirmou.

O BrandZ Top 50 Marcas Latino-Americanas Mais Valiosas analisou marcas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México. Juntos, estes países representam cerca de US$4,75 trilhões em PIB, o equivalente a quarta maior economia do mundo depois do Japão. É o único ranking que considera a percepção dos atuais e potenciais compradores da marca, além dos dados financeiros para calcular o valor. O valor total das marcas no Top 50 em 2013 chega a US$135,3 bilhões, similar ao valor de 2012, que era de US$135,7 bilhões.

Confira o ranking das 10 marcas mais valiosas:

1- Corona (Cerveja)/México: US$ 6,6 bilhões
2- Telcel (Telecomunicações)/México: US$ 6,5 bilhões
3- Skol (Cerveja)/Brasil: US$ 6,5 bilhões
4- Petrobras (Energia)/Brasil: US$ 5,7 bilhões
5- Falabella (Varejo)/Chile: US$ 5,6 bilhões
6- Bradesco (Instituições Financeiras)/Brasil: US$ 5,4 bilhões
7- Ecopetrol (Energia)/Colômbia: US$ 5,1 bilhões
8- Claro (Telecomunicações)/Latam: US$ 4,4 bilhões
9- Itaú (Instituições Financeiras)/Brasil: US$ 4 bilhões
10- Aguila (Cerveja) /Colômbia: US$ 3,9 bilhões