Orientado pelas transformações no consumo de conteúdo multiplataforma, o mercado brasileiro de mídia e entretenimento deve crescer 4,6% ao ano até 2021, totalizando US$ 43,7 bi. O crescimento é superior à média global (4,2%), que prevê receita de US$ 2,23 trilhões nos próximos cinco anos. As informações integram a 18ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2017/2021, da PwC, apresentada nesta quarta-feira (7), em São Paulo.
O levantamento reuniu dados de 54 países e 17 segmentos e revelou que, apesar da instabilidade política e econômica, o mercado nacional manterá dados positivos. As projeções, no entanto, são inferiores ao esperado na edição anterior da pesquisa no Brasil e no mundo.
Em 2016, a expectativa era de que o faturamento no segmento de mídia e entretenimento no país crescesse com taxa anual de 6,4%, e no mundo, de 4,4%. Despontam no ranking de mercados mais maduros e desenvolvidos Estados Unidos como líder, seguido por China, Japão, Alemanha e Reino Unido. Brasil ocupa a décima colocação.
O estudo revelou ainda que os meios tradicionais lideram os investimentos publicitários do setor de mídia e entretenimento. Do total de R$ 10 bilhões em 2016 do budget, 80% foi direcionado para a área. Apenas TV aberta representou 51% do montante, o equivalente a US$ 5,2 bi. Até 2021, deverá chegar a US$ 6,9 bi. “O Brasil é o país da TV aberta. É onde a penetração desse meio é monumental, assim como seu poder econômico e a capacidade de inserir tendências. Ela não vai a reboque. É quem lidera o processo”, ressaltou Carlos Giusti, sócio da PwC.
Em segundo lugar no ranking de investimento publicitário figura o meio internet, representando 27% do bolo. Os gastos voltados para plataformas digitais devem crescer 11,9% ao ano até 2021, chegando a US$ 3,6 bi. Nas mídias tradicionais, a expansão é de 3,5%. Os números refletem o aumento do consumo de conteúdos ligados a games, música e OTTs, que têm crescido no Brasil diante da oferta de acesso a internet, sobretudo, mobile. Jogos para dispositivos móveis, por exemplo, terão crescimento de 17% até 2021. Mas segundo Giusti, o acesso à internet ainda deixa a desejar, refletindo diretamente no desempenho do segmento.
“Não é possível aumentar o consumo de mídia ou em publicidade sem disponibilizar internet para as pessoas. A televisão continua importante e vai continuar sendo, porém o consumo não é puramente sobre plataforma, mas conteúdo, sobre vídeo, e para isso é preciso disponibilizar acesso”, destacou o executivo. Em 2016, o consumo de dados via smartphone foi de 65% contra 58% da fixa. A categoria de vídeos é o formato mais acessado no mobile, com 68%. Até 2021, vídeos na internet terá crescimento de 9%, número superior em relação
Na edição da próxima semana, PROPMARK traz reportagem completa sobre a 18ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2017/2021.