Você pode não ter assistindo ainda, mas certamente já ouviu falar de Black Mirror, série da Netflix que é produzida pela House of Tomorrow, produtora da Endemol Shine Group. O enredo que conquistou uma série de lovers explora o desconforto coletivo com o mundo moderno e cada episódio traz um conto de suspense, explorando temas da tecno-paranóia contemporânea. A variação de assuntos da produção abre caminhos criativos e originais para a conexão com o público e algumas marcas já começaram a perceber isso. Não à toa, no final de maio a Endemol lançou o licenciamento internacional de Black Mirror. Para entender melhor o potencial da série como marca, conversamos com Fernanda Abreu, head de licenciamento da empresa no Brasil.
Quais são os segmentos que podem pegar carona neste licenciamento?
O universo dentro de Black Mirror, formato da Endemol Shine Group, é muito dinâmico: a cada episódio, uma frase, um figurino, ou mesmo uma temática podem se tornar trends para o público. Ele é um fenômeno de awareness no mundo inteiro, com fãs muito fiéis, inclusive no Brasil. A maior carona que um licenciado tem a seu favor, quando adquire os direitos para licenciar um formato da Endemol Shine é reunir a qualidade de seu produto com uma marca que dialoga com o público que almeja atingir.
Qual é o potencial da série como produto?
No cenário de Black Mirror temos muitas oportunidades de mercado desde os tradicionais como mochilas, cadernos, confecção, artigos para decoração, cama, mesa e banho… Até experiências com a marca, como a que temos realizado com as Estações MasterChef Brasil em diversos shoppings no país.
Qual é o perfil de público da série? Há algum estudo que ajude com este apontamento?
Black Mirror é uma série atemporal, que funciona para todos os mercados, atraindo um target muito parecido entre homens e mulheres. A série aborda um item que todos nós temos em comum: como a evolução da tecnologia afeta o nosso cotidiano.
Quais os atributos de marketing que a série pode emprestar para um produto?
Quando uma frase, figurino, cenário… Enfim, quando uma característica da série se torna um trend para o público, o licenciado leva consigo esse awareness para o produto desenvolvido. Seja um chaveiro que faz referência ao Black Museum, ou um quadro de decoração de San Junipero… O valor agregado do produto traz a relevância global que a marca conquistou em todos os anos de existência. Vemos a mesma força de referência, por exemplo, com marcas muito conhecidas como Star Wars, Star Trek ou mesmo Friends.
O que a Endemol vai fazer para estimular esse licenciamento junto com as empresas?
Assim como já trabalhamos com os nossos licenciados em marcas como MasterChef Brasil, Simon’s Cat, entre outras, a Endemol Shine Brasil realizará todo o suporte dentro do mercado para as marcas interessadas em contratos de licenciamento com o Black Mirror. Neste momento já estamos em contato com parceiros interessados no licenciamento off air do formato.
Quais são os maiores cases em termos de licenciamento da Endemol?
A área de licenciamento da Endemol Shine Brasil foi idealizada em 2015 pela Juliana Algañaraz, diretora geral da Endemol Shine Brasil, e criada por mim, justamente por conta das oportunidades no mercado de licenciamento para os nossos formatos. No ano passado, a área cresceu 200% em faturamento. Seja uma demanda do público, ou uma em que o Grupo está apostando, nós sempre trabalhamos igualmente pelo sucesso de licenciamento de todos os nossos formatos. No Brasil, tivemos cases importantes com nossos formatos como Simon’s Cat, lançado recentemente para o mercado nacional ou MasterChef Brasil, que se consolidou no mercado nacional e é um sucesso de público.
