O Grupo Estado iniciou na última semana uma nova fase na produção e distribuição de conteúdo. A inovação ocorre após um ciclo de três anos de planejamento e preparação da empresa, batizado de projeto Estadão 21. O processo reafirma a importância do impresso focando em análises e a expansão da presença digital do grupo em todas as plataformas.

Paulo Pessoa, diretor de mercado anunciante do jornal, afirma que o Estadão já vinha trabalhando a parte publicitária de forma 360º, mas que a nova fase trará ainda mais oportunidades para as marcas.

“Esta ação que aconteceu na redação é extremamente importante porque passa a ser mobile first com uma agenda totalmente focada no mundo e conteúdo através de plataformas digitais”, diz.

Para Pessoa, o projeto se preocupa em interagir e entender o cliente. “O que nós esperamos que vá acontecer muito rapidamente é que a nossa audiência esteja muito mais engajada com o Estadão e que a gente aumente o tempo de permanência, que a nossa audiência cresça e tudo isso será uma ótima notícia do ponto de vista de publicidade, porque tendo uma audiência maior, mais engajada, que está cada vez mais próxima do publisher, você tem muito mais argumento para qualquer tipo de ação publicitária junto das marcas”, aponta.

Novos formatos
De acordo com Pessoa, o carro-chefe do Estadão 21 são os novos produtos editoriais, que contemplarão “novos produtos publicitários”. A redação multiplataforma do Estadão passa a funcionar com as equipes em operação desde as primeiras horas da manhã, com foco na jornada do leitor. A produção do noticiário será feita observando a distribuição nos diversos canais de consumo de informações dos usuários, como celular, site, podcasts, newsletters e redes sociais, buscando o diálogo com a audiência durante todo o dia.

“A maior parte dos nossos projetos publicitários hoje já são multiplataforma, quando está no impresso ele tem o respaldo no digital e vice-versa. Essa coexistência já há hoje, o que provavelmente vamos ter são novos formatos e novas formas de fazer, mas isso é uma coisa que vai acontecer em paralelo com o lançamento de novos produtos que começarão a surgir no curto prazo e eles não são produtos meramente comerciais, são produtos editoriais, mas o lançamento deles terá novos formatos e novas formas de publicidade”, defende Pessoa.

Para o executivo, o Estadão é um player importante nas mídias sociais. “A presença no Instagram, Facebook e Twitter já é relevante, o que nós estamos querendo agora é alavancar essa presença. E fazendo isso, os produtos multimídia serão muito mais claros, você terá muito mais matérias em áudio, vídeo e podcast, o leque de participação do Estadão nestes novos formatos será mais acentuado”, aponta.

Drops e Media Lab
No início de agosto o jornalista Murilo Busolin, criador e apresentador do projeto Drops Estadão, que traz o resumo das notícias no Stories do Instagram, passou a compor a equipe do Media Lab.

De acordo com Pessoa, essa troca vem para fortalecer os projetos de branded content, media services e marketing de conteúdo desenvolvido pelo Estadão com as marcas.

“O Media Lab é onde se originam todas essas novas ideias e formatos, que fazem a ponte com o mercado publicitário. A vinda dele [Busolin] representa a importância crescente e cada vez maior que o Media Lab tem no universo Estadão. É um ativo muito forte nós termos ele no Media Lab pensando nos novos formatos”, aponta. Segundo Pessoa, o Drops também vai ganhar reforços a partir dessa nova fase do Estadão 21.

Todo o processo de transformação do veículo teve início em 2017, com a criação da área de estratégias digitais. O investimento foi de mais de R$ 60 milhões. O jornal contou com a consultoria espanhola Prodigioso Volcán. “Eles participaram de projetos para outros publishers e em empresas que não eram publishers. Geralmente, você tem as consultorias muito focadas e a Prodigioso trazia com ela essa experiência cruzada entre estes dois universos”, finaliza.