Após comercializar o pacote Futebol que envolve um orçamento anual de aproximadamente R$ 2 bilhões para a Ambev, Casas Bahia, Chevrolet, Hypera Pharma, Itaú e Vivo, a Rede Globo apresentou ao mercado nesta terça-feira (08) o projeto para a Fórmula 1. São seis cotas com valor unitário de R$ 98.950 milhões, equivalente a R$ 600 milhões de faturamento com a operação.

Os atuais cotistas são Itaipava, NET, Nivea, Renault, Santander e TIM. As marcas têm a preferência para a renovação, mas com prazo preestabelecido para pagamento à vista no próximo dia 29 de novembro. A temporada 2020 terá 22 corridas, a primeira no dia 15 de março na Austrália e a última em Abu Dhabi no dia 29 de novembro. No Brasil a prova será no dia 15 de novembro.

A estratégia da Fórmula 1 não se restringe à TV Globo. A emissora de sinal aberto vai concentrar a maior parte do orçamento com um share de R$ 93,150 milhões e uma entrega de 1,170 mil inserções. Para o SporTV são 721 inserções publicitárias dos anunciantes e R$ 2,5 milhões do valor total do plano para a competição automobilística de alta perfomance. O digital, com o globoesporte.com, vai concentrar R$ 3,3 milhões do orçamento e promessa de 360,5 milhões de impressões de mídia de performance. Este ano, até a metade da temporada, foram 183 milhões de espectadores ligados na Fórmula 1 na Globo; 20 milhões no SporTV e 64 milhões de usuários únicos no globoesporte.com.

O formatos oferecidos são Top de 5 segundos; as cotas de participação; ações promocionais no Grande Prêmio Brasil de 2020; promoções envolvendo a transmissão dos GP’s “como forma de alavancar audiência”; chamadas de bilheteria relacionadas à venda de ingressos; mesas redondas em forma de programetes “para ampliar as entregas comerciais e engajamento da audiência no digital”; e novos formatos “sempre visando ampliar a oferta de oportunidades comerciais”.

Multiplataforma

De acordo com a proposta da Globo, com base no Nielsen Sports 2018, o Brasil é o país com maior número de interessados em esportes. E a Fórmula 1 faz parte desse universo. A oferta 360º enfatiza quatro pontos: performance, horizontalidade, alcance e rentabilidade. “TV aberta, fechada e digital conectados para associar, de forma integrada, marcas à mais completa cobertura da maior competição automobilística mundial”, destaca o documento Fórmula 1 Plano Comercial 2020.

Nas ações de otimização, o planejamento estratégico contempla Looklike, análise comportamental, descoberta de novos públicos potenciais, remarketing com criações de bases, entrega clusterizada e otimizações focadas no pós-clique. O dashboard customizado é uma “plataforma visual e intuitiva para o patrocinador acompanhar diariamente as principais métricas e KPIs de suas campanhas.”

Os formatos exclusivos garantem aos cotistas 18 milhões de impressões display, 1,3 milhões pre-roll e 2,2 milhões de usuários impactados mensalmente.

O podcast também está incluído na arquitetura comercial e de conteúdo da Fórmula 1. O “Na ponta dos dedos” vai discutir e comentar as pautas atuais da competição. “Além da vinheta de oferecimento e presença nos materiais de divulgação, os patrocinadores terão também a oportunidade de participar na cocriação de alguns episódios dos podcats”, esclarece o projeto que tem uma expectativa de 20 mil downloads por episódio.

Outra novidade é o Card Game. O formato interativo vai trazer mensalmente novas figurinhas de pilotos históricos. “Além de uma presença no game em todos os materiais de divulgação. Os patrocinadores também poderão oferecer gifts/cupons após cada rodada que os usuários completarem, ampliando assim a presença da marca nesse território”, detalha o material encaminhado às agências pela direção de negócios integrados da Rede Globo, área de que tem a liderança de Eduardo Schaeffer.

Nas redes sociais, as marcas que adquirem as cotas da Fórmula 1 terão presença com posts exclusivos nos teasers de divulgação. Os canais Globo detêm 9 milhões no Facebook, 3,1 milhões no Instagram e 3,3 milhões no Twitter.

As marcas também poderão usar nomes do elenco de jornalistas e comentaristas da Globo em campanhas, entre os quais Reginaldo Leme, Luciano Burti e Luis Roberto. No chamado Smart Ad, o anunciante terá que arcar com os cachês dos influencers. Essa oferta tem vídeo com influencers, ou seja, a Globo falando sobre a marca; chatbots para tirar dúvidas sobre o produto; e oferta do produto diretamente no Smart Ad.

O alcance geracional está distribuído na Globo com 37,2 milhões para os baby boomers (55 a 73 anos); 43 milhões na geração X (40 a 54 anos); 43,4 milhões na geração Y (25 a 39 anos); e 41,8 milhões na geração z (9 a 24 anos). No SporTV são 4,9 milhões de baby boomers; 5,1 milhões na X; 4,7 milhões na Y; e 3,1 milhões na Z.