O jornal O Estado de S.Paulo mudou. Neste domingo (17), a versão impressa do diário com 146 anos de história apresenta páginas que se encaixam melhor no campo de visão do leitor, textos com corpo de letra maior, seções separadas por cores e formato mais fácil de transportar, manusear e compartilhar. A modernização do projeto gráfico foi endossada pelos assinantes em cinco levantamentos feitos em parceria com o instituto AC Pesquisas, além de estudos da McKinsey e da consultoria espanhola Tric implementados desde o fim do ano passado.
Quase 90% dos leitores dos exemplares também se informam pelo digital, mas “a leitura do impresso é percebida como um momento só da pessoa, de desconexão, o que nos fortalece e aproxima do público”, destaca Francisco Mesquita, diretor-presidente do Grupo Estado. Qualidade jornalística, análises de especialistas e posicionamento sobre os temas mais relevantes do dia “são os melhores antídotos contra as fake news”, pontua Mesquita.
Agora, a Coluna do Estadão está na página dois, o terceiro editorial passa a ser publicado junto ao noticiário, a nova seção A Fundo aborda temas em profundidade, e matérias analíticas serão identificadas como Estadão Analisa. Já o caderno E&N – Economia & Negócios ganha as peças No seu bolso e Lições para você. No Metrópole, chega uma seção de saúde, além da cobertura de meio ambiente, educação, ciência, segurança pública, urbanismo e assuntos ligados à rotina paulista.
Histórias do Mundo é o novo espaço da editoria Internacional, enquanto o Caderno2, chamado Na Quarentena durante a pandemia da Covid-19, se transforma no C2 – Cultura & Comportamento, noticiando não só cultura como turismo, gastronomia, compras e serviços, moda, arquitetura e decoração. No Sextou!, está a curadoria em roteiros de cinema, restaurantes, teatro, exposições, programas para crianças e shows.
Aos sábados, o Estadão passa a publicar o BE – Bem-estar, com matérias sobre saúde, prevenção, alimentação saudável, exercícios e saúde mental. Para fechar… Uma boa história é o nome da seção que traz conteúdos propositivos.
Da área comercial também há novidades. Foram criados novos moldes para a publicidade, como lateral duplo, lateral simples e selo editorial, seguindo a tendência de anúncios no formato germânico, que têm um impacto 50% maior e é 22% mais efetivo, segundo dados do jornal australiano Fairfax citados pelo Estadão. Fidelidade é outro benefício atribuído ao novo modelo, que tem 28 centímetros de largura. Antes, os espaços eram vendidos em colunas no padrão standard, de 32 centímetros de largura, adotado em 2002, quando a última mudança foi realizada pelo veículo. Na altura, a redução foi de 56 para 43 centímetros.
A renovação pretende fazer de O Estado de S.Paulo a plataforma pessoal de informação dos brasileiros no impresso e no digital, que inclui Facebook, Instagram, Twitter, TikTok, YouTube, site, APPstadão e podcast. “Mostramos a nossa opinião sobre determinados fatos nas mais diversas plataformas. Em uma democracia, o mais importante é conhecer a opinião do outro, dada de forma transparente, e respeitá-la”, indica Mesquita. O executivo acredita que a maioria da população não está polarizada. “Se passarmos informações críveis, os polarizados continuarão emitindo suas opiniões, mas elas têm menos efeito negativo”, diz.
Na esteira dessa jornada, nasce o movimento Eu penso com o Estadão. Os colunistas Adriana Fernandes, Eliane Catanhêde, Daniel Martins de Barros, Fernando Reinach, Leandro Karnal, Renata Cafardo e Sonia Racy apresentam a iniciativa, que desdobra o conceito Vem pensar com a gente, lançado pela Lew’Lara/TBWA em 2020.
Hoje, o Estadão tem cerca de 90 mil assinantes no jornal impresso, e o digital soma aproximadamente 150 mil adeptos. Mesquita está confiante de que este novo ciclo de evolução conseguirá reter a base, resgatar ex-assinantes e atrair novos leitores. Projeções de crescimento e reações serão geridas ao longo do lançamento do projeto, já com novos estudos em vista.