A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia recebeu, nesta sexta-feira (16), o prêmio da Associação Nacional de Jornais de Liberdade de Imprensa. Ela, agora, faz parte do hall de personalidades que se destacaram na promoção ou na defesa da liberdade de expressão no Brasil.
O principal motivo que a fez ganhar o prêmio deste ano foi o seu posicionamento contrário, na função de relatora de Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo, à necessidade de autorização prévio para a publicação de biografias.
O caso tramitou no STF em junho deste ano e a ministra foi a primeira a defender a ideia de liberdade na ação apresentada pela Associação Nacional de Editores de Livros (Anel), que buscava derrubar a proibição de biografias não autorizadas. Além da ministra, outros oito ministros do STF seguiram o seu voto.
Cármen Lúcia foi a autora, à época, da frase: “Na ciranda de roda da minha infância, alguém ficava no centro gritando ‘cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu'”.
Durante o seu discurso, a ministra brincou e falou que, na verdade, “o STF deveria estar premiando os jornalistas”. Ela também enalteceu a importância da liberdade de imprensa em um sistema democrático. “A liberdade de imprensa não é importante apenas para a democracia, é importante também para a sociedade como um todo, é o ponto central da existência de todos nós”, afirma.