A capital paulista recebe a partir desta segunda-feira (28), no Memorial da América Latina, a primeira edição brasileira do Giffoni Film Festival (GFF). Criado por Claudio Gubitosi em 1971, o evento é considerado o maior festival de cinema jovem do mundo. Originalmente realizado em Giffoni Valle Piana, cidade do sul da Itália com cerca de 12 mil habitantes, o projeto costuma reunir 170 mil pessoas entre jovens, atores e cineastas de todo o planeta.
A ideia é que a versão brasileira torne-se grandiosa a exemplo da original, que exporta a iniciativa para diversas capitais da Sétima Arte. Por aqui, o evento segue até 1º de fevereiro. “Fui ao festival pela primeira vez em 2011 e fiquei encantado com a atmosfera do local. No ano passado, retornei. Foram dois anos e meio de trabalho até a chegada do Giffoni ao Brasil, com um resultado extremamente recompensador”, diz Marco Scabia, diretor da Mix Maker Entretenimento e Esporte, do grupo Mix Brand Experience — responsável por trazer o evento ao país. Ele adianta que a ideia é tornar o festival parte do calendário oficial de São Paulo, aumentando a participação de artistas e público a cada ano.
A principal diferença do GFF em relação aos demais festivais de cinema é seu júri, composto apenas por adolescentes e jovens. Na primeira edição brasileira, eles são 400 e se dividem em duas categorias: de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos. Dezesseis filmes participam da competição, dois nacionais e 14 internacionais. Durante todo o evento, que ainda conta com sessões noturnas abertas ao público, eles interagem com artistas e cineastas em bate-papos, workshops e oficinas. Gubitosi, há 42 anos à frente do projeto, afirma que a energia entre os participantes é única, promovendo uma intensa troca de experiências entre diferentes culturas e hábitos. “Gosto de dizer que, nos outros festivais, quando o evento acaba, todos têm pressa de ir embora. No Giffoni, todos lamentam o fim. E isso inclui os convidados especiais, gente como Nicolas Cage e Jean Reno”, diz.
Entre os filmes que concorrem aos troféus estão produções alemãs, sul-africanas, canadenses, holandesas, italianas, suecas, polonesas, norueguesas, americanas, inglesas e brasileiras. Os nacionais “Gonzaga – De pai para filho”, “Lisbela e o prisioneiro”, “O contador de histórias”, “Lixo extraordinário” e “Os desafinados” terão sessões abertas ao público.
Com patrocínio de Redecard e Petrobras, apoio da Globo São Paulo e promoção de revista Contigo!, Cineclick e Rádio Disney 91.3, o Giffoni também traz ao Brasil o ator italiano Giancarlo Giannini (“Dolce far niente”, “Hannibal” e “007 – Cassino Royale”). Mais informações no site oficial do evento.