A área de inteligência da JWT participou este ano do Mobile World Congress, em Barcelona, na Espanha, e aproveitou para entrevistar especialistas em mobile e formadores de opinião e, com base no conteúdo do encontro, montou um relatório com as principais tendências do segmento. Entre elas está a previsão do uso de tablets ultrapassar os PCs e laptops. O propmark teve acesso ao relatório. Veja a seguir os principais tópicos.
Conectados
Parece coisa do desenho “Os Jetsons”, mas o fato é que em breve serão comuns aparelhos como o AllJoyn, que permite que se controle todos os eletrodomésticos de uma casa por meio de um tablet. Se o despertador toca, por exemplo, pode-se acionar uma cafeteira. Objetos “conectados” ou inteligentes serão cada vez mais comuns: uma bengala, por exemplo, pode indicar o caminho de casa ou medir a frequência cardíaca. Dos pequenos objetos na estante aos grandes prédios nas cidades, tudo estará conectado à internet e poderá ser controlado remotamente.
Celular para todos
O Brasil já é recordista no uso de celulares e a tendência é a massificação dos smartphones. O objetivo das teles é conectar o próximo bilhão de pessoas e isso implica na criação de aparelhos com hardware e software mais baratos, bem como na adequação dos planos de dados, que também devem baratear. O Nokia 105, por exemplo, que custa US$ 20, é o celular com tela colorida mais barato do mundo – vem com rádio, lanterna, browser, opera via nuvem e a bateria tem duração de até 35 dias, útil para quem está com pouco acesso à eletricidade.
Pagamentos via mobile
Transações financeiras via celular tendem a se dinamizar e ampliar em todos os mercados – desenvolvidos e emergentes. O celular será a ferramenta para quem não tem acesso a bancos ou cartões de crédito, mas possui celular. A tecnologia abrirá essa janela para quem ainda guarda dinheiro debaixo do colchão e ampliará as possibilidades para quem já tem uma vida financeira madura e deseja uma experiência mobile mais fluida nesse aspecto. Recarregar o celular, receber ofertas personalizadas e manter um histórico de transações financeiras são algumas das possibilidades.
SMS 2.0
Nunca os serviços de mensagens foram tão usados, e a tendência é aumentar, transformando a comunicação em uma experiência mais ilustrada, diferente, simples e divertida. Mensagens multimídia que mesclam texto, imagens e sons são o foco de aplicativos como Line e MessageMe, que incrementam a experiência de troca. Também cresce o uso de FaceTime e Dual Video Call, focados em ligações com vídeo.
Além da tela
A conectividade deve chegar a cada vez mais objetos e acessórios, como óculos e relógios. Parece assustador, mas a novidade permite que se saiba quem está ligando sem tirar o celular da bolsa, e em vários aspectos as novidades vêm para tornar a experiência de conexão mais fluida, inteligente, contínua. Smart glasses e relógios com bluetooth são só o começo.
Pequenas telas
A experiência parece ainda a léguas de distância – principalmente de nós brasileiros, acostumados com a limitada qualidade de conexão e transmissão de dados das nossas pequenas telas por aqui –, mas, com a evolução da rede wi-fi e o desenvolvimento de smartphones, o hábito de ver conteúdo em telas cada vez menores de fato se ampliará. Aparelhos menores serão nossos pontos de contato com Netflix, HBO, BBC e outros provedores de conteúdo, onde quer que estejamos. A promessa é que se torne cada vez mais popular o streaming de vídeos de longa duração em celulares.
Babás eletrônicas
Os celulares podem ajudar as pessoas a viver melhor. Quem duvida? Aplicativos como o Jini mapeiam a rotina do usuário e oferecem recomendações personalizadas como o horário ideal para dormir. O LifeWatch V utiliza dados do usuário como frequência cardíaca e temperatura corporal para ajudá-lo a manter-se saudável. Ou seja, os celulares vão acabar se tornando “babás eletrônicas” das pessoas, prevendo suas necessidades e fazendo recomendações inesperadas com o auxílio de giroscópios, acelerômetros e monitores biológicos.
Publicidade
Publicidade Mobile tende a ser algo do passado. A tendência é investir em aplicativos com funcionalidades e tornar-se relevante e essencial para as pessoas. Um exemplo interessante: o aplicativo Hijack, de uma lojinha de calçados na Guatemala, detecta quando o consumidor entra na loja de algum concorrente e envia a ele uma oferta relâmpago que dura poucos segundos. A Coca-Cola, por exemplo, quer testar um aplicativo que detecte quando as pessoas sentem sede. Fazer parte da vida das pessoas com funcionalidade e novidade é o grande desafio das marcas.
Compras
Tecnologias de geolocalização, realidade aumentada e Near Field Communication viram aliadas no momento de fazer compras. Um aplicativo chamado Scan & Go, do Walmart, escaneia os itens do carrinho e faz o check-out automático para evitar filas no caixa. O Home Plus da Tesco, um supermercado virtual presente nos metrôs, permite o uso de celular para escanear os códigos de barras, fazendo a compra no caminho de casa. A entrega é feita logo depois.