As gerações Z e alpha preferem ficar em casa a ir para balada, usam mais produtos de skincare e maquiagem e consomem menos álcool

As gerações Z (nascidos entre 1997 e 2010) e alpha (nascidos a partir de 2010) estão reformulando comportamentos e exigindo uma adaptação nas estratégias das empresas. Essas duas gerações cresceram – ou até nasceram – com celulares e tablets em mãos, o que explica certos hábitos que as diferenciam das anteriores.
O imediatismo é a norma, e ter uma responsabilidade social genuína tornou-se essencial para marcas que desejam conquistar esse público.

Na prática, esses novos padrões de comportamento já podem ser observados nas dinâmicas sociais dos jovens. A geração Z, por exemplo, tem redefinido o conceito de lazer: a tradicional vida noturna perdeu parte do seu apelo, dando lugar a momentos mais introspectivos. Dados de um estudo conduzido pela Universidade de San Diego e pelo Bryan Mawe College revelam que a maioria dos jovens dessa geração prefere ficar em casa e se entreter por meio das redes sociais.

No Brasil, essa mudança de hábitos também se reflete na redução do consumo de álcool entre os jovens. Um levantamento publicado em 2023 pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) aponta que 46% dos brasileiros de 18 a 24 anos nunca bebem, enquanto 20% consomem bebidas alcoólicas apenas uma vez por mês ou menos. Essa tendência se repete globalmente: um estudo publicado no European Journal of Public Health, com dados de 39 países da Europa, América do Norte e Oceania, mostrou que o consumo de álcool entre adolescentes de 12 a 18 anos diminuiu significativamente entre 1999 e 2019. Os pesquisadores apontam fatores como mudanças culturais, políticas públicas mais rígidas e maior conscientização sobre os riscos do álcool como possíveis razões para essa tendência.

As marcas não demoraram a reagir. A Heineken, por exemplo, adaptou seu portfólio para atender à crescente demanda por bebidas sem álcool. A empresa lançou a Heineken 0.0 e reforçou sua estratégia nesse segmento. Elbert Beekman, gerente de marketing da marca no Brasil, destaca: “A versão de bebidas zero álcool tem ocupado cada vez mais espaço na rotina dos consumidores brasileiros, seja em bares, festas, festivais ou outros eventos onde tradicionalmente o álcool predominava. Isso reflete uma tendência de consumo consciente e uma busca por opções mais saudáveis. O Brasil é um mercado com grande potencial para esse segmento, considerando a boa aceitação e o crescimento constante da categoria.”

Leia a matéria completa na edição do propmark de 10 de fevereiro de 2025

(Crédito: Foto de Zana Latif na Unsplash)