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Os desafios das mulheres tanto no âmbito pessoal quanto profissional ainda são grandes, mas o espaço para a discussão de questões de gênero e posicionamentos sociais têm se tornado maior, principalmente, em datas como o Dia da Mulher, comemorado nesta quarta-feira (8 de março). Uma pesquisa da Unilever em parceria com a TQF (The Female Quotient), chamada “The Unstereotyped Mindset” (Pensamento Livre de Estereótipos), traz dados como: 72% acreditam que as mulheres são pouco representadas nos cargos de liderança devido ao “corporativismo masculino”. Além disso, 66% concordam que a maior parte dos homens não quer mulheres em cargos de liderança.

O objetivo do estudo é entender, com profundidade, os desafios enfrentados pelas mulheres para que elas atinjam todo o seu potencial e possam se desenvolver economicamente. Fatores como estereótipos de gênero, as convenções sociais e vieses inconscientes são os principais obstáculos para acelerar o processo de igualdade entre mulheres e homens.

A divisão desigual do trabalho doméstico e os cuidados com os filhos, por exemplo, são apontados por 47% das mulheres como um obstáculo para a equidade de gênero. Nesse quesito, apenas 36% dos homens concordam. Outro fator de destaque é que 61% das entrevistadas femininas afirmam se distrair com frequência por questões relacionadas à família/filhos, enquanto a porcentagem cai para 29% em relação aos homens. As convenções sociais, como a de que existem trabalhos tradicionalmente femininos e que as mulheres são responsáveis pelos cuidados com a casa e com a família, são, para 56%, as principais barreiras para o desenvolvimento econômico da mulher.

No Brasil, a parcela de 56% acredita que as empresas promovem mulheres para cargos de liderança para transmitir a percepção de equidade de gênero. Muitas mulheres (58%), no entanto, se sentem pressionadas a ignorar o mal comportamento dos homens em relação a elas. Em relação à publicidade, 60% dos homens  afirmam que o retrato, tanto do sexo feminino quanto masculino, é baseado em estereótipos. Além disso, 70% concordam que o mundo seria melhor se as crianças não fossem expostas a estereótipos de gênero, tanto femininos quanto masculinos, em campanhas de marketing.

“O empoderamento das mulheres e das meninas oferece uma oportunidade única para o desenvolvimento humano e para o crescimento econômico. O último Relatório de Desigualdade de Gênero do Fórum Econômico Mundial, apresentado em outubro de 2016, mostra que podemos demorar até 170 anos para alcançar igualdade entre homens e mulheres. A comunidade empresarial tem o papel de fomentar, acelerar e liderar esse processo. Precisamos combater os estereótipos que limitam homens e mulheres tanto no ambiente de trabalho como fora dele”, Marina Fernier, vice-presidente de Foods da Unilever Brasil.

Duas iniciativas com marcas da Unilever reforçam o projeto de engajamento da companhia para a igualdade entre homens e mulheres. O Programa Ciclo Brilhante, da marca Brilhante, apresentou em 2015 o projeto que empodera mulheres a abrir ou aperfeiçoar os próprios negócios. O Ciclo é de graça e oferece três módulos: módulo Escola de Você (plataforma online de cursos de empoderamento da mulher); Escola Brilhante (plataforma online de cursos sobre empreendedorismo) e Hora de Brilhar (treinamento presencial e acompanhamento de 10 empreendedoras).

Outra marca que desde 2004 trabalha com a autoestima feminina é Dove, idealizadora da “Campanha pela Real Beleza”. O objetivo é fomentar a reflexão sobre os padrões de beleza e reforçar a missão social em torno disso, que ganhou um novo desdobramento: melhorar a autoestima de milhões de adolescentes ao redor do mundo.