Parceira comercial da Fifa, a Coca-Cola exibiu o 'Bandeirão de Todo Mundo' no dia da abertura dos jogos

 

A Copa do Mundo não começou apenas para Neymar, Fred, Oscar e companhia. Quem também começou o mundial com o pé direito foram as emissoras de TV que têm o direito de transmissão dos jogos. A Rede Globo, que é a emissora oficial do campeonato, bateu recordes de audiência e, logo no primeiro dia de transmissão, no último dia 12, registrou um crescimento de 138% em relação às quatro últimas quintas-feiras. De acordo com a Rede Globo, esse número representa um aumento de 22 pontos contra o mesmo período.

Os programas “Mais Você”, “Bem Estar”, “Encontro com Fátima Bernardes”, “SPTV – 1ª edição”, “Globo Esporte” e “Jornal Hoje” bateram recordes de audiência no ano – destaque para o último, que marcou 19 pontos e teve 46% de share. Na cerimônia de abertura, a Globo registrou 29 pontos, com share de 57%. E, quando a bola começou a rolar, os números chegaram a 38 pontos (67% de share). Recordes também foram batidos nas faixas horárias das 7h ao meio-dia (10 pontos) e do meio-dia às 18h (26 pontos).

Já a Band, que também tem o direito de transmissão dos jogos do Mundial, registrou quatro pontos no “Band na Copa” entre 11h46 e 14h53. Do período que compreendeu a cerimônia de abertura e o jogo – das 14h54 às 19h03 – foram registrados nove pontos, o que colocou a emissora no segundo lugar isolado. O “Jornal da Band” e a segunda edição do “Band na Copa” marcaram seis e quatro pontos, respectivamente. De acordo com o Ibope Media Workstation, o crescimento da audiência da Band foi de 125% – o share ficou em 88%.

De acordo com estimativas do Ministério do Turismo, metade dos habitantes da Terra estará ligada na Copa do Mundo – seja pela TV, pelo celular ou por outros meios. Serão mais de 3,6 bilhões de pessoas acompanhando os jogos do Mundial – o aumento é de 12,5% em relação à última Copa, disputada na África do Sul em 2010. O último Mundial foi acompanhado por 3,2 bilhões de telespectadores, de acordo com a agência de pesquisa Kantar Sport, que analisa o impacto do esporte no comportamento do consumidor, encomendada pela Fifa. Segundo a agência, cerca de 2,2 bilhões de pessoas assistiram ao Mundial por pelo menos 20 minutos consecutivos, superando em 3% a audiência da edição anterior, em 2006, na Alemanha.

A projeção de audiência para a Copa do Mundo no Brasil está baseada no alcance que o país conseguiu com a Copa das Confederações. De acordo com um estudo do Ministério do Turismo sobre o impacto econômico e social do evento, a audiência média das partidas da Copa das Confederações Fifa Brasil 2013 subiu 50% em relação à última edição da competição, sediada na África do Sul – e muito disso se deve à capacidade e infraestrutura do Brasil de geração e difusão das imagens.

Internet

A abertura da Copa também rendeu uma boa audiência no mundo online. De acordo com o Facebook, um em cada três usuários brasileiros falou sobre a seleção na rede social. Foram 58 milhões de pessoas fazendo referências ao jogo – número maior do que o registrado no Oscar.

O momento mais comentado foi, também segundo o Facebook, o gol de Neymar que deu o empate ao Brasil, ainda no primeiro tempo. Já o gol contra do lateral-esquerdo Marcelo foi a quinta maior referência sobre o assunto. Neymar, como já era de se esperar, foi o jogador mais citado pelos internautas.

Comerciais na TV

Casas Bahia, Petrobras e Itaú foram os três anunciantes que tiveram mais comerciais na TV aberta brasileira com tema relacionado à Copa do Mundo no dia da abertura do Mundial da Fifa, em São Paulo. As informações fazem parte de levantamento realizado a pedido do propmark pelo Controle da Concorrência, empresa de pesquisa de mídia. As emissoras monitoradas foram TV Globo, Record, SBT, Band e RedeTV!.

O dado que mais chama atenção é que no topo do ranking (veja ao lado) aparecem marcas que não são cotistas do Mundial e, entre os top 10, apenas Itaú (na terceira posição), Ambev (em sétimo lugar) e Oi (na nona colocação) são patrocinadores oficiais da Copa. A Coca-Cola e a Hyundai, que são parceiros da Fifa, aparecem na 11ª e 12ª posição, respectivamente, enquanto que Casas Bahia e Petrobras, com 55 e 26 inserções cada uma, lideram o ranking, mas não são patrocinadores do Mundial.

“O que é bastante curioso é que no topo da lista aparecem anunciantes não cotistas da Copa do Mundo. São marcas que usaram estratégias diferentes e  estão pegando carona no evento. É muito oportuno, é bastante estratégico. Isso demonstra um plano e prática de mídia bastante acertados, porque justamente no dia dos jogos você tem maior concentração de audiência. Mostra um acerto muito grande de estratégia de mídia dessas marcas”, opina Fabio Wajngarten, diretor do Controle da Concorrência.

*Colaborou Kelly Dores