O processo de concepção da estratégia de produto ou serviço online possui inúmeras variáveis como linguagem, escalabilidade, custos etc. Outro princípio que precisa ser definido desde o início é o desenvolvimento da plataforma.
Com um cenário dinâmico e grande penetração de feature phones e smartphones de baixo custo, o mercado brasileiro adiciona um fator extra aos times de engenharia: desenvolver um mobile site ou aplicativo?
Não há como fazer juízo de valor de forma leviana. Não existe solução superior ou regra fundamental, é preciso definir em cada caso qual das opções oferece mais vantagens ao usuário e ao negócio.
O mobile site é uma escolha simples. Sua adoção é popular, em especial em mercados como o brasileiro, com qualidades de conexão diferentes. É preciso ter em mente as variáveis que envolvem a navegação do público.
Em feature phones e smartphones de pouca capacidade, mobile sites podem ser atrativos por não precisar instalar nada, poupando espaço de armazenamento. Do lado do desenvolvimento, a vantagem é não precisar de versões diferentes, já que pode ser compatível com dispositivos com navegador.
Geralmente envolve menos investimento, o que é interessante quando não há recursos abundantes. Corrigir erros ou adicionar funcionalidades também é simples, basta mudar um único produto, não sendo necessário enviar versões novas às lojas de aplicativos.
Por outro lado, o mobile site impõe algumas restrições, como a necessidade de conexão. Com o app é possível fazer alterações ou oferecer conteúdo ao usuário mesmo quando ele está offline. Há também limitação no desenvolvimento de versões específicas para melhor navegação. Se o usuário encontrar problemas, pode se frustrar a ponto de não retornar.
Pensando em recursos mais avançados, como transações financeiras e uso de recursos dos aparelhos, como câmeras ou localização, o ideal é o aplicativo. Se para seu serviço ou negócio a comunicação constante com o consumidor é fundamental, as notificações push dos apps são valiosas.
Do ponto de vista de uso, o aplicativo geralmente é mais intuitivo. Isso gera mais tempo gasto no app e oportunidades para conquistar a audiência. Com apps, os desenvolvedores enfrentam uma competição muito maior, já que as lojas oferecem diversas opções.
Para destacar seu serviço é preciso investir. Outro ponto que precisa de atenção é o grande número de dispositivos. Checar compatibilidade é tarefa muito mais árdua nos apps.
No Facebook, como exemplo, desenvolvemos da melhor forma nossos aplicativos e versão mobile. Não podemos desconsiderar conexões limitadas ou aparelhos com menos recursos. No app vemos um crescimento exponencial, mas não podemos deixar de investir e melhorar cada vez mais a versão mobile.
É preciso conhecer suas necessidades e limitações, seu público, e avaliar com cautela quais as vantagens e os pontos negativos de cada estratégia. Mas tenha em mente que experiências excelentes podem ser garantidas nos dois casos.