De acordo com o jornal britânico Financial Times, as ações do conglomerado de mídia News Corporation, que controlava o tabloide britânico News of the World, caíram 17,4% em Nova York desde 4 de julho até o fechamento dos mercados na última segunda-feira (18) – o que representa uma perda de US$ 1 bilhão na fatia que cabe ao dono do grupo, o magnata Rupert Murdoch, e à sua família.

A queda está diretamente ligada aos casos de grampos telefônicos praticados pela publicação nos anos 2000. No citado 4 de julho, o jornal The Guardian noticiou que o tabloide de Murdoch teve acesso ao correio de voz do celular da jovem Milly Dowler, assassinada em 2002. Segundo a reportagem, o News of the World teria manipulado as mensagens recebidas por Dowler, na época desaparecida, para alavancar suas vendas e dar a falsa ideia de que a garota ainda estava viva.

Após o escândalo vir à tona, o jornal fechou as portas com a mensagem “Obrigado e adeus” na capa de sua última edição, veiculada no dia 9 de julho. Nesta terça-feira (19), durante depoimento ao parlamento inglês, Murdoch e seu filho James, número três do grupo familiar, negaram qualquer participação ou conhecimento das escutas e eliminaram a possibilidade de criarem um novo tabloide.