A Mutant, empresa de gestão de experiência do consumidor com foco em performance, projeta crescimento de 35% em 2020.

Para isso a empresa, com faturamento anual da ordem de R$ 800 milhões, comprou nos últimos meses duas empresas: em maio, a Tekoa, especializada em design de serviço e performance; e em março, a Zoly, consultoria de marketing e data business.

Estruturada nas áreas de aceleração de jornada do consumidor, desenvolvimento de softwares, insights de performance e plataformas omnichanel, a empresa tem entre seus principais clientes Vivo, Claro, Sky, Banco Pan e Serasa.

Guilherme Almeida: “Pense grande, comece pequeno e acelere rápido” (Divulgação)

Desde 2016 a companhia tem uma área específica de M&A, integralmente dedicada a isso. Após as recentes aquisições, há mais 14 empresas no radar.
Além da conquista de novos clientes e agressiva estratégia de compras, desde 2013 o grupo, único na América Latina a contar com aporte do fundo inglês de private equity Permira, incorporou nove empresas ao seu portifólio, incluindo a Tekoa e a Zoly.

Alexandre Bichir Almeida, CEO da Mutant, comenta a estratégia. “Temos uma área de fusões e aquisições muito ativa e sempre atenta às novas oportunidades. Estamos analisando outras empresas, das quais quatro em etapa bem avançada no processo de aquisição.

Temos ainda duas frentes adicionais de expansão, a aceleradora de empresas Mutant Garage e a Mutant Innovation Labs, dedicada ao desenvolvimento interno de novos produtos e serviços.”

Atualmente, a Mutant é composta por Mutant; Interaxa (plataformas e sistemas); Dextra e Cinq (ambas dedicadas a transformação digital); Zoly e Tekoa. Essas duas últimas se integrarão, passando a operar sob a marca Zoly, e serão lideradas pelos co-CEOs Fabio Sayeg e Danilo Fernandes, tendo na posição de COO Marco Casarotto, até então líder da Tekoa, cuja marca deixa de existir.

As duas aquisições realizadas em 2020, somadas às possíveis novas aquisições e investimentos previstos para este ano, apresentam um valor total de R$ 200 milhões.

Guilherme Almeida, head de marketing e marcas da Mutant, reforça que o customer experience é uma disciplina ampla e a empresa tem observado um novo comportamento, com maior relevância das interações de atendimento e comportamento de compras em plataformas digitais. “Observamos um aumento significativo nos canais de atendimento e de compra. Alguns dos nossos aprendizados são: pense grande, comece pequeno e escale rápido: é necessário tomar riscos e corrigir rápido; entenda o cliente através da análise de metas de performance: data is king; e inove sem medo: grandes riscos, grandes retornos. As mudanças ocorrem de maneira muito acelerada”, diz.

De acordo com ele, a Mutant sempre teve e tem apetite por modelos de parcerias centradas em performance e soluções criativas com objetivo de “atravessar desafios, contribuindo objetivamente para uma mudança positiva no mundo”. “A Mutant fortalece, abre portas e facilita o crescimento dessas empresas”, afirma.

De olho no futuro
Parte da empresa, o Mila (Mutant Innovation Labs) está sempre disseminando, promovendo e capacitando ideias e projetos que nascem por iniciativa dos 3.200 colaboradores.

São mais de 20 projetos acontecendo, dos quais sete deles já estão sendo aplicados em clientes e oferecidos ao mercado.

Em 2020 e no ano anterior, por meio do Mutant Garage (projeto de aceleração de empresas do mercado), Almeida conta que foram analisadas mais de mil iniciativas, das quais para quatro delas foram desenvolvidas prove of concept. “Após confirmação de viabilidade econômica, se tornaram empresas parcerias e/ ou investidas, compondo o portfólio da Mutant”, diz.