Embora seja difícil estabelecer comparações entre a forma como cada país lida com o novo Coronavírus, a China adianta um pouco do que pode acontecer em outros mercados de publicidade no mundo.
Em um relatório divulgado na sexta-feira, 20, a eMarketer revisou sua previsão de investimentos em publicidade em 2020 na China para US$ 113,67 bilhões, um crescimento de 8,4% em relação a 2019, em comparação com a previsão anterior de US$ 121,13 bilhões, um crescimento de 10,5%.
Segundo a empresa de pesquisa, está claro que o retorno aos negócios nos patamares tradicionais devem ocorrer no segundo semestre, embora as condições possam ser revistas em caso de piora no cenário. Também aponta que a China já impacta as projeções do mercado global de investimentos em mídia, que deve alcançar US$ 691,7 bilhões na mais nova projeção lançada na sexta-feira. O número representa uma alta de 7% na comparação com 2019, e está abaixo do projetado há três meses, quando se esperava uma alta de 7,4%.
O AdAge mostrou ainda casos de agências que estão de volta ao trabalho nos escritórios, como a BBH China, que recomeçou em 2 de março, cerca de cinco semanas e meia após o lockdown da primeira cidade chinesa, Wuhan, ocorrido em 23 de janeiro (a primeira morte no país foi em 11 de janeiro). Até hoje, alguns funcionários de grupo de risco ou que estiveram no exterior fazem quarentena.
Mas segundo analisou Christine Ng, CEO da agência, os negócios estão voltando ao normal agora, seis semanas após a quarentena, exatamente no momento em que as agências do ocidente começam seus home offices, liderados pelas determinações das holdings WPP, Omnicom, Publicis e Interpublic.
Sarah Weyman, diretora de crescimento da Dentsu Aegis Network China, diz ao AdAge que os funcionários do escritório da rede em Xangai já voltaram e tomaram precauções extras ao retornar ao escritório há duas semanas. A Rede Dentsu Aegis também possui um pequeno escritório em Wuhan, que permanece fechado.
