Um estudo chamado Brain (Brazilian Advertising Investigation in Neuromarketing) já avaliou apor meio de dados neurocientíficos a eficácia de 170 comerciais brasileiros, e amplia cada vez mais o seu banco de dados. O projeto é da Forebrain, empresa especializada em neurociência aplicada à comunicação e que vem avaliando filmes exibidos na TV desde o final do ano passado, e pretende passar a realizar a pesquisa mensalmente, além de oferecer o conteúdo às empresas anunciantes e respectivas agências.

Os comerciais foram analisados em laboratório por cerca de 300 pessoas e geraram inúmeros insights. Alguns deles foram divididos com a plateia do V Fórum ABA Rio de Trade e Varejo, realizado na semana passada na ESPM Rio, por Billy Nascimento, diretor executivo da Forebrand. “Segundo Daniel Kahneman (professor emérito da universidade de Princeton e Nobel de Economia em 2002), operamos com dois sistemas de informação no cérebro: o primeiro é o consciente, das respostas explícitas, e o segundo é o não consciente, das respostas implícitas. 95% da atividade cerebral ocorre no segundo, sobre a qual não temos a menor ideia. O ponto consciente é apenas a pontinha do iceberg”, diz.

As pesquisas da neurociência aplicadas ao marketing visam ir mais fundo nas reações das pessoas a marcas e estratégias de comunicação, analisando o olhar, ondas cerebrais, as emoções provocadas pelo que assistem. Assim é feito o estudo dos comerciais, que chegam a lugares onde, garante Nascimento, as pesquisas tradicionais não chegam. “A partir das experiências emocionais e sensoriais podemos chegar a diversos insights. Criamos a pesquisa Brain para monitorar simultaneamente o cérebro e o campo visual, avaliando níveis de atenção, motivação e memória”, explica.