Pesquisa mostrou, por exemplo, que a Netflix é o serviço de streaming favorito

A Nielsen apresentou a segunda edição da pesquisa “Comunidade LGBTQIA+: o que está em foco?”, que tem como objetivo estimular a inclusão e promover a diversidade ao abordar questões sociais, revelando hábitos de consumo de mídia deste grupo e da população em geral.

O estudo retrata o comportamento da comunidade LGBTQIAP+ em diversas frentes, como  mídia, digital, varejo, e-commerce, streaming e serviços, além de retratar o comportamento de consumo, presença no online, opinião sobre influenciadores e representatividade em propagandas.

“No caso específico da publicidade, é comum vermos muitas campanhas apoiando a causa LGBTQIA+ em junho. Porém, é necessário ir além do mês do orgulho e pensar esta causa durante todo o ano, promovendo políticas públicas e corporativas”, afirmou Sabrina Balhes, Líder de Measurement da Nielsen Brasil.

A pesquisa foi realizada entre os dias 3 de fevereiro e 10 de abril deste ano, sendo 50% dos entrevistados membros da comunidade LGBTQIAP+.

Inclusão na mídia e conteúdo das marcas
Quando perguntados sobre como a inclusão pode ser ampliada em conteúdos e propagandas de marcas, 52% dos entrevistados afirmaram que é preciso evitar estereótipos nas publicidades e programas, enquanto 47% acreditam no envolvimento da comunidade LGBTQIA+ neste quesito.

Além disso, 47% dos participantes da pesquisa defendem que a inclusão deste grupo populacional deve estar enraizada em todas as áreas de uma empresa, não apenas na publicidade e programação.

Consumo de streaming e notícias
A pesquisa apontou que o público LGBTQIA+ é um dos que mais consomem conteúdo da TV, paga e aberta, e entre os itens mais acessados estão maratonas de séries por streaming.

Entre as plataformas de streaming, a Netflix é a favorita de 90% dos entrevistados, sendo que 86% deles afirmaram assistir séries. No YouTube, para 79% dos consultados a principal atividade é a música.

Já quando o assunto é notícia, a preferência de 72% dos entrevistados é a TV, seja paga ou aberta.

Redes sociais
O público LGBTQIAP+ é o que fica mais conectado no Instagram e no Twitter, em comparação com a média semanal da população. Os dados revelaram que eles dedicam, em média, 2,22 horas ao Instagram, mais que os dados gerais (1,73).

Em questão ao público, a pesquisa apontou que os usuários desta rede são prioritariamente jovens (18-44 anos) e que as mulheres (LGBTQIA+ e população geral) a utilizam mais que os homens, principalmente para acompanhar: família e amigos (64%), memes e vídeos engraçados (58%) e influenciadores (58%).

Em relação ao Twitter, a comunidade passa em média 0,88 horas nesta rede social, enquanto a população em geral dedica apenas 0,59 horas.

Consumo de produtos e conteúdos online
Ainda segundo a pesquisa, a maior parte dos consumidores LGBTQIA+ (76%) é a que mais realiza compras online e recorre ao uso de smartphone para efetivar suas novas aquisições. Este índice cai para 70% na população em geral.

Quando consideradas compras em lojas físicas, as preferências do público em geral são de produtos de limpeza (63%), bebidas não alcoólicas (55%) e medicamentos (53%).

Influenciadores
Quando questionados quanto tempo dedicam semanalmente com influenciadores, o público, em geral, revelou que investe cerca de uma hora a mais em relação a público LGBTQIA+, com a média de 4.5 horas e 3.5 horas, respectivamente.

No entanto, a preocupação com a responsabilidade social é fator determinante para comunidade LGBTQIA+. Para 29% dos entrevistados, o compromisso com o tema é essencial para acompanhar um influenciador. Entre a população em geral, este número fica em 25%.