Em tempos de desvirtuação da publicidade como conhecemos, Content is King. Campanhas se transformam em ações de Content Marketing, inserindo cirurgicamente as marcas em um contexto orgânico, situacional, que soa tão natural que acaba deixando na mente do consumidor apenas o residual positivo que interessa em qualquer campanha publicitária para uma marca: o propósito de sua existência e o desejo de consumo.
Na terceira e brilhante temporada de Stranger Things, fui impactado diversas vezes por ótimas referências pop, músicas icônicas e muita nostalgia. E também marcas como Levi’s, Nike, Wyborowa encaixadas perfeitamente em cena. Mas quem sem dúvidas se destacou, ao menos para mim, foi a Coca Cola. Foram diversos takes, diversas situações que deram sim vontade de abrir a latinha mais gelada que eu tinha na geladeira. Mas eu não tinha… tempos saudáveis.
Tal experiência me fez relembrar ações de Content Marketing que tive a oportunidade de planejar e criar, nos tempos recentes de carreira. Tudo começou com um rap autoral criado para a Tele Sena em parceria com o brilhante Mauro Nakada. Bang… residual da marca com intuito de rejuvenescer a base de fãs consumidores.
E logo depois a criação de uma experiência de viagem para o icônico Buscapé, com repetição de dose do Nakada em uma super aventura em Machu Picchu – com direito a suco de sapo – e o cineasta tecnológico André Pilli, com seu olhar ímpar da natureza de Bonito. Bang… residual da marca com intuito de vender produtos utilizados na experiência com descontos em primeira mão.
E aí teve a EF Englishlive, onde o fenômeno do entretenimento financeiro Nath Me Poupe desmistificou atalhos para aprendizado de idioma, e… Bang… residual de marca como o melhor investimento pessoal e profissional, vendendo cursos de inglês à rodo.
Deu tão certo que abraçamos a bandeira contra a Gringophobia e criamos conteúdos inusitados em Los Angeles, Orlando, Las Vegas e Amsterdã para inserir a EF Englishlive em um contexto divertido e situacional que comprovava a importância do domínio da língua inglesa. Teve até invasão do set de filmagem do filme “Era uma vez em Hollywood” do Quentin Tarantino, com o hilário Fábio Rabin usando um gadget de língua inglesa pra lá de tosco, e… Bang… milhares de cursos de inglês vendidos e o residual de que não existe milagre para aprender inglês.
Recentemente a maior loucura de todas, com direito a Porta dos Fundos e Fabio Porchat, “quase” que politicamente incorretos, mostrando o que acontece quando um viajante azarado tenta tirar férias sem contratar um seguro viagem, e… Bang… residual de que é melhor prevenir do que remediar. E teve também Manual do Mundo, Inutilismo, Lira, Pyong Lee e Erick Krominski com ótimos conteúdos.
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Mas tá… Eu estava falando de Stranger Things, né? Pois é, estou aqui escrevendo esse artigo tomando uma geladíssima Coca-Cola… Não é a New Coke que eu vi em cena, mas tá dando para escutar o som das bolhas de refrescância e matar a vontade.
João Passarinho Netto é VP de Estratégia Digital da Jotacom