Pequenos, médios e grandes anunciantes têm dado contribuições importantes no combate ao novo coronavírus globalmente, seja com ações de incentivo a segurança, com o movimento #FiqueEmCasa, a doações de dinheiro, alimento, produtos, como o álcool em gel ou até mesmo a construção de hospitais.

Em tempos de pandemia, boa parte das marcas também têm dado exemplo de respeito e solidariedade, mas em meio a um cenário ainda tomado por incertezas sociais, econômicas e sanitárias, como essas ações são percebidas pela população? O consumo de conteúdo pelas redes sociais, impacto das fake News e outras questões influenciam a maneira com que a população recebe as mensagens das marcas?

O estudo Kantar Barômetro Global Covid-19 ouviu 25 mil pessoas de 30 países a fim de responder algumas dessas perguntas. No Brasil foram ouvidas 500 pessoas. Entre as principais descobertas neste público, a pesquisa aponta que os consumidores esperam que as empresas deem o exemplo e liderem a mudança. É também esperado que as marcas sejam realistas, mas também práticas, mostrando como a crise pode ser enfrentada. Outras posturas, como usar seu conhecimento para informar e orientar a população, além de atuar para reduzir a ansiedade das pessoas são abordagens esperadas.

O momento inspira cuidados redobrados dos anunciantes, que não devem ser vistos como oportunistas. Não à toa, 80% dos entrevistados concordam que as empresas devem evitar explorar a situação do coronavírus para promover suas marcas. O tom otimista também é bem-vindo. 78% dos consumidores acreditam que deve-se reforçar os valores da marca, oferecendo uma perspectiva positiva utilizando um tom tranquilizador.

A postura das marcas perante seus colaboradores é outro tema sensível. Enquanto empregadora, a empresa deve preocupar-se com a saúde de seus funcionários, tomando medidas para que o ambiente seja seguro para o trabalho. Essa é a postura mais defendida pela maioria dos brasileiros (68%). No trato com a comunidade, a prioridade número 1 é fazer doações para apoiar pesquisas científicas. Doações de máscaras e desinfetantes hospitalares também foram bem avaliadas, além das parcerias com o governo.