(Reprodução/Nubank)

O Nubank anunciou nesta quinta-feira (12) que irá investir R$ 20 milhões em iniciativas de combate ao racismo estrutural, conforme revela uma carta dos fundadores David Vélez, Edward Wible e Cristina Junqueira.

“Certamente não nos movemos na velocidade e intensidade que gostaríamos e nos é exigido pela sociedade e, em especial, pelos grupos sub-representados. Nas últimas semanas, tivemos a oportunidade de refletir sobre o quanto precisamos não só aprender, mas também agir para combater as barreiras impostas pelo racismo estrutural”, disse o banco digital.

Segundo a empresa, o NuBlacks, o grupo de afinidade que reúne os funcionários negros e negras do Nubank, foi ouvido. Assim como ativistas do movimento negro e especialistas em diversidade e inclusão. “Foram dias intensos e de muito aprendizado”, diz a empresa.

Como ações concretas, o banco destacou que já iniciou uma revisão completa de todas as práticas de RH, desde a seleção e recrutamento até a avaliação de performance, de modo a eliminar vieses e barreiras que contribuam para a sub-representação de negros e negras em conjunto com o parceiro Instituto Identidades do Brasil (ID_BR).

“Estamos ampliando o time de diversidade e inclusão para 12 pessoas, 100% dedicadas na atração, seleção e desenvolvimento de grupos sub representados”, argumenta a instituição.

Segundo a empresa, um programa de treinamento em diversidade e inclusão com conteúdos recomendados para todos os níveis da organização será lançado e a primeira sessão para a liderança será realizada ainda em novembro.

“Começaremos em 2021 um programa formal de mentoria e aceleração focado no desenvolvimento dos funcionários negros, negras e outros grupos sub-representados para valorizar ainda mais os talentos que já temos hoje no Nubank; Iniciamos um mapeamento de profissionais e executivos negros e negras no mercado brasileiro para atrair talentos para as posições de liderança abertas atualmente ou que serão disponibilizadas em um futuro próximo”, elenca o banco.

Além disso, para acelerar esse mapeamento, abriu um link (clique aqui) para incentivar negros e negras a se inscreverem nos processos seletivos.

“Seguimos focados na contratação de novos executivos negros e negras para nossa Diretoria e Conselho”, diz a empresa.

O banco digital também revelou ações que já estão em andamento, como a abertura do Nulab@Salvador, um hub de tecnologia e experiência do cliente na cidade baiana, que objetiva trazer mais diversidade para o time do Nubank, como entender melhor a realidade dos milhões de clientes no Nordeste.

“Criação de um fundo de investimento semente em startups nacionais fundadas e/ou lideradas por empreendedores negros e negras em parceria com aceleradoras e organizações sociais, para fomentar o desenvolvimento de um ecossistema de tecnologia mais diverso; Formação de 1.000 jovens negros e negras socialmente excluídos para o mercado de trabalho com foco em habilidades fundamentais de linguagem e matemática, inglês e programação; Formação de pelo menos 250 programadoras negras para contratação pelo Nubank ou por outras empresas de tecnologia; Inclusão de critérios de diversidade na avaliação e seleção de fornecedores durante o processo de compras”, descrevem os cofundadores.

Para garantir que as mudanças estão, de fato, acontecendo, é preciso monitorar e analisar os indicadores de diversidade e inclusão e garantir a transparência sobre o processo. Por isso, a empresa anuncia também a primeira versão da página de impacto social e compromisso pela diversidade (acesse aqui).

“No primeiro trimestre de 2021 publicaremos nosso primeiro relatório de impacto social, que passará a ser divulgado semestralmente junto com a nossa divulgação de resultados”, explicam.

As métricas de diversidade farão parte dos OKRs (objetivos e resultados chave) do Nubank em 2021 e serão associados à avaliação de performance dos executivos.

“Realizaremos anualmente a nossa Conferência de Liderança, Diversidade e Inclusão, para discutir nosso progresso frente aos nossos objetivos e também o que aprendemos – e tornaremos público e acessível o conteúdo para acelerar a mudança em outras organizações que também se comprometam com essa pauta”, finaliza a carta dos cofundadores.