“O digital não vai matar o papel”. É isso que pensa Sergio Maria, diretor de estratégia do Google para América Latina. Ele participou do Summit de Comunicação, uma realização do PROPMARK com o apoio da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) que acontece durante esta quarta-feira (2), em São Paulo.
“As mudanças que a gente vê no Brasil e a democracia precisam da mídia, principalmente da impressa”, afirma.
Para ele, o papel não vai deixar de existir. “O papel vai continuar, mas o digital vai crescer”, diz. A prova disso, falou o executivo do Google, é a campanha da ANJ (Associação Nacional de Jornais), que diz que “Nunca se leu tanto jornal”.
Ainda de acordo com Sergio Maria, o que muda é a perspectiva de conexão com o usuário. “A lealdade do consumidor passa a ser cada vez mais com a boa experiência que a marca proporciona a ele”, diz. “Vou ser mais fiel àquele que me proporcionar uma melhor forma de consumir o conteúdo. Se um site não entra com certa velocidade, eu dificilmente não vou mais acessar”, completa.
Sergio ainda comentou o esforço do Google para entender cada vez melhor o mercado de conteúdo. “Nos anos 1990, precisávamos de poucos canais para falar com todo o Brasil. Hoje em dia, nós precisamos de milhares de pontos de contato”, diz.
Mídia
Federico Sader, diretor de marketing da Nielsen Brasil, falou sobre as estratégias para um cenário de mídia. Ele apresentou um estudo realizado pela Nielsen sobre confiabilidade na publicidade – seja ela feita em no meio impresso ou no meio digital.
“As mídias tradicionais têm 10% a mais de confiança do que as mídias digitais”, afirma Sader. A pesquisa também mostrou que, no universo online, o vídeo é o que tem mais confiança, com 48%.
“Cada um dos meios têm o seu valor. Um vídeo de pequena duração ou um banner pode ser efetivo da mesma forma”, garante o especialista.
Outro dado apresentado foi que a América Latina lidera com o mais alto índice de confiança em publicidade. “Dez em 19 formatos de publicidade são os tradicionais”, destaca.
Abertura
Armando Ferrentini, diretor-presidente da Editora Referência (que edita o jornal PROPMARK e as revistas Propaganda e Marketing), abriu o Summit de Comunicação. Ele falou sobre a importância do meio impresso e afirmou que nenhuma mídia desapareceu na história da comunicação. “Desaparecem empresas, mas a forma de mídia jamais desapareceu”, afirma.
Como exemplo, Ferrentini falou sobre o rádio e a televisão. “O rádio não desapareceu quando a televisão foi inventada. A gente sempre tem um momento para ouvirmos o rádio. Esse é um exemplo de que as mídias não morrem jamais”, diz. “O conteúdo da mídia impressa é o mais importante”, completa.
Aproveitando a oportunidade, Armando Ferrentini apresentou ao público o novo formato do jornal PROPMARK, que sairá na próxima segunda-feira (7).
